Tragédia em Natividade: Idoso morre atropelado por caminhão em via movimentada
Idoso morre atropelado por caminhão em Natividade

Não foi um dia qualquer em Natividade. Por volta das 9h da manhã, o burburinho do centro comercial foi interrompido por um barulho seco — o tipo de som que faz a gente arrepiar antes mesmo de entender o que aconteceu. Um senhor de 70 anos, que todos ali conheciam como seu Zé (nome fictício para preservar a família), cruzava a rua quando um caminhão de carga pesada simplesmente... não parou.

Testemunhas contam que o motorista — que fugiu sem prestar socorro — parecia distraído. "Ele vinha em alta velocidade, como se nem visse as pessoas", relatou uma vendedora que preferiu não se identificar. O que era pra ser mais uma manhã de compras virou cena de filme de terror: gente gritando, celulares tirando fotos, e o corpo do idoso ali, no asfalto quente.

O que sabemos até agora

A Polícia Militar chegou rápido, mas já era tarde. Seu Zé não resistiu aos ferimentos. Enquanto isso, o motorista sumiu feito fumaça — deixando pra trás apenas marcas de pneus e perguntas sem resposta. O delegado responsável pelo caso já adiantou: "É caso de homicídio culposo, mas pode virar doloso se provarmos que houve negligência".

E olha que curioso: essa mesma rua já foi palco de outros três atropelamentos só este ano. Os moradores vivem reclamando da falta de faixa de pedestres e de radares, mas parece que ninguém ouve. "É sempre assim, só lembram que existe problema quando alguém morre", desabafou um aposentado que preferiu não se identificar.

O outro lado da moeda

A prefeitura, por sua vez, soltou uma nota dizendo que "lamenta profundamente o ocorrido" e que vai "apurar os fatos". Sabe como é, aquele papo furado de sempre. Enquanto isso, a família do seu Zé — um cara que sobreviveu a ditadura, a crises econômicas e até ao COVID — não consegue entender como ele foi embora num acidente bobo de trânsito.

O caso tá longe de ser só mais uma estatística. Ele escancara um problema que todo mundo vê, mas finge que não existe: nossas cidades estão matando pedestres. E o pior? A gente tá tão acostumado que nem se revolta mais.