O que prometia ser um sábado tranquilo no centro de Campos dos Goytacazes rapidamente se transformou num verdadeiro pesadelo no asfalto. Por volta das 11h da manhã, um barulho estridente de metal contra metal anunciou o que viria a ser horas de pura tensão para quem precisava circular pela região.
Testemunhas contaram que tudo começou de repente — aquela história clássica de uma freada brusca que desencadeia o efeito dominó. Três, quatro, cinco carros... ninguém soube dizer ao certo quantos veículos se envolveram na confusão. O certo é que a via principal simplesmente parou, como se tivessem fechado uma torneira.
O Caos se Espalha Pelas Vias Adjacentes
E claro, quando uma rua importante para, as laterais também sofrem. Em questão de minutos, o congestionamento já havia se espalhado como rastro de gasolina em chamas. A Avenida Alberto Torres, sempre movimentada, virou um estacionamento a céu aberto. A Rua Barão de Miracema? Esquece — melhor nem tentar.
"Eu tinha compromisso no centro e cancelei tudo", relatou uma motorista que preferiu não se identificar. "Fiquei quase uma hora pra andar três quarteirões. Melhor voltar pra casa e deixar pra outro dia." E ela não foi a única a tomar essa decisão, diga-se de passagem.
Equipes no Local Tentam Desfazer o Embrulho
Enquanto os motoristas buzinavam e conferiam o relógio — aquela ansiedade típica de quem vê os planos indo por água abaixo —, as equipes de trânsito trabalhavam para desfazer o embrulho. Guinchos, policiais, gente tentando organizar o fluxo... uma operação que sempre parece demorar uma eternidade quando estamos do lado de dentro do carro.
O pior é que sábado costuma ser dia de compras, de resolver coisas no centro, de passeio em família. Muita gente foi pega de surpresa pela situação. Alguns até abandonaram seus veículos nas vagas laterais e seguiram a pé — decisão sensata, considerando o cenário.
Lição Que se Repete: Centro Sem Alternativas
Eis aí mais um capítulo naquela novela que todo campo-grandense conhece bem: quando o centro para, a cidade inteira sente. A falta de rotas alternativas eficientes transforma qualquer incidente menor num problema de grandes proporções.
Por volta do meio-dia, o trânsito ainda respirava com dificuldade. Lento, muito lento. Os veículos envolvidos no engavetamento já haviam sido removidos, mas o efeito ressaca do acidente ainda mantinha a região sob efeito de lentidão extrema.
Uma situação dessas serve de alerta — e de lembrete. Talvez seja hora de repensarmos nossa relação com o centro da cidade, nossa dependência dessas vias já saturadas. Mas enquanto isso não acontece, o jeito é ter paciência e acompanhar as informações do trânsito antes de sair de casa.
