Uma sexta-feira que começou como qualquer outra terminou em tragédia nas curvas perigosas da Rodovia Anchieta. Por volta das 6h30 da manhã, o guarda municipal Alex Sandro da Silva Nascimento, de 46 anos, pilotava sua motocicleta no km 53, sentido interior, quando o impensável aconteceu.
Segundo testemunhas que ainda parecem estar sob choque, Alex teria batido na traseira de um caminhão - daqueles grandes, que parecem desafiar a física nas subidas da serra. O impacto foi brutal. Mas o pior ainda estava por vir.
Sequência Aterrorizante
Após a colisão inicial, o que se seguiu foi um daqueles pesadelos que ninguém gostaria de presenciar. Alex foi projetado da moto e, ainda caído na pista, foi atropelado por outro veículo. Sim, você leu certo - a tragédia se desdobrou em múltiplos golpes.
"A gente ouve falar dessas coisas, mas nunca imagina que vai acontecer com alguém que veste farda, que deveria estar mais protegido", comentou um morador da região, que preferiu não se identificar.
Resgate e Tentativas de Salvamento
O socorro chegou rápido, até que sim. A Polícia Rodoviária e o resgate do Grupamento de Bombeiros correram para o local. Encontraram Alex ainda com vida, mas em estado gravíssimo. Fizeram de tudo, eu garanto - os profissionais de emergência sempre dão o sangue nesses momentos.
Mas às vezes, nem o melhor dos socorros é suficiente. Ele foi levado às pressas para o Hospital Municipal de Cubatão, onde, infelizmente, não resistiu aos ferimentos. Os médicos tentaram, lutaram contra o relógio, mas a extensão dos traumas era grande demais.
Quem Era Alex Sandro?
Mais do que um número nas estatísticas de trânsito, Alex era um servidor público dedicado. Trabalhava como guarda municipal em São Vicente - uma daquelas profissões que exigem coragem diária. Deixou familiares, amigos e colegas de profissão agora mergulhados na dor.
Imagino o que deve passar pela cabeça dos colegas dele: "poderia ter sido eu". Esses acidentes sempre nos fazem refletir sobre a própria mortalidade, não é mesmo?
As Perguntas que Ficam
O que levou exatamente à colisão? Condições da pista? Falha humana? Problema mecânico? A Polícia Rodoviária ainda investiga todos os ângulos possíveis. O caminhão envolvido no primeiro impacto foi localizado - isso é importante.
Mas o segundo veículo, aquele que atropelou Alex quando ele já estava caído... esse simplesmente não parou. Someu na serra acima. E agora a busca é por esse motorista - que pode nem saber da dimensão do que fez, ou pior, sabe e fugiu mesmo assim.
O trecho onde aconteceu o acidente é conhecido por ser complicado. Curvas fechadas, névoa em certos horários, movimento intenso de caminhões. Uma combinação perigosa que, infelizmente, mostrou seu lado mais cruel nesta madrugada.
Enquanto a família de Alex se despede de um ente querido que partiu muito cedo, ficam as lições: cuidado nas estradas, atenção redobrada com motociclistas e aquele lembrete amargo de que a vida pode mudar em um piscar de olhos.
