Bênção dos Animais em Sorocaba: Fé e Amor aos Pets Marcam Dia de São Francisco
Bênção dos animais marca Dia de São Francisco em Sorocaba

Que cena mais linda de se ver! Neste sábado de sol, a Praça da Paróquia São Francisco de Assis, no Jardim Faculdade, virou um verdadeiro arca de Noé — mas com muito mais alegria e menos dilúvio. Cães de todos os tamanhos, alguns gatos corajosos, e até um coelho bem-comportado aguardavam sua vez de receber uma bênção especial.

O padre Ademir Lopes da Silva, conhecido carinhosamente como padre Ademir, conduziu a cerimônia com aquela paciência de santo — literalmente. Enquanto abençoava cada animal, não faltavam latidos de fundo, como se os próprios bichinhos quisessem dizer "amém".

Uma Tradição Que Vem de Longe

Você sabia que essa prática de abençoar os animais não é coisa nova? Lá do século XIII, Francisco de Assis já pregava que todos os seres eram irmãos — gente, bicho, planta. O homem era tão fã da natureza que até compôs o "Cântico das Criaturas", praticamente o primeiro hino ecológico da história.

E olha que interessante: a data não é só para os pets domésticos. Lá na igreja, o padre deixou claro que a bênção vale para todo tipo de animal. "Desde o cachorro que dorme na cama até o boi que ajuda no trabalho do campo", explicou ele, mostrando que a fé não faz distinção de espécie.

Mais Que Uma Simples Bênção

O que me chamou atenção foi ver como as pessoas tratam isso com tanta seriedade. Uma senhora que eu conversei — dona de uma poodle idosa chamada Mel — me contou que não falta um ano sequer. "Ela já tem 14 anos, e toda vez que vem aqui parece que ganha novos ânimos", disse, com os olhos brilhando.

E não era só gente idosa não! Tinha jovem, criança, família inteira. Uma moça chegou com três gatos na caixa de transporte — confesso que fiquei curioso para saber como ela conseguiu colocar os três no carro sem virar um caos total.

O Significado Por Trás do Ritual

O padre Ademir foi bem claro na homilia: a ideia não é "magicar" os bichos, mas celebrar a criação divina e reforçar nosso papel de cuidadores. "Deus nos confiou a guarda destes seres, e isso é uma responsabilidade linda e séria", refletiu.

Pra mim, o mais bonito foi perceber como esses momentos simples fortalecem a comunidade. Enquanto esperavam na fila, as pessoas trocavam dicas de veterinário, contavam causos engraçados de seus pets, e até combinavam encontros para os cachorros brincarem juntos depois.

No final das contas, o que ficou claro é que eventos assim vão muito além do religioso — são sobre conexão, compaixão e, vamos combinar, uma desculpa perfeita para mostrar fotos do seu pet para desconhecidos. E quem não gosta disso?