Cruzamento perigoso em Ribeirão Preto: Acidentes frequentes deixam moradores em alerta
Cruzamento perigoso em Ribeirão Preto preocupa moradores

Imagine sair de casa e, no caminho do trabalho, se deparar com mais um capítulo daquela novela que ninguém quer assistir: carros colidindo, buzinas ensurdecedoras e gente desesperada. Pois é, essa é a rotina dos moradores do bairro Campos Elíseos, em Ribeirão Preto, onde um cruzamento específico virou palco de acidentes quase diários.

"Parece que tem uma maldição aqui", brinca — sem graça — o aposentado João Silva, de 68 anos, que já perdeu as contas de quantas batidas presenciou. Só no último mês, foram pelo menos cinco colisões registradas, segundo dados não oficiais (porque, convenhamos, ninguém mais se surpreende o suficiente para registrar tudo).

O que torna esse cruzamento tão perigoso?

Conversando com os vizinhos, a lista de problemas é longa:

  • Sinalização? Quase invisível de tão desgastada
  • Motoristas? Raramente respeitam a preferência
  • Velocidade? Muitos passam como se estivessem em pista de corrida

E tem mais: à noite, a escuridão toma conta — "Luz aqui? Só quando os faróis dos carros iluminam o caos", ironiza a comerciante Maria Santos, cuja loja fica exatamente na esquina problemática.

Autoridades prometem solução... de novo

O Departamento de Trânsito garante que está ciente do problema (desde quando, hein?) e que medidas estão sendo estudadas. Enquanto isso, os moradores seguem na torcida — não pelo time de futebol, mas para que ninguém se machuque seriamente antes que alguma providência seja tomada de verdade.

"Já fizemos abaixo-assinado, reclamamos nas redes sociais, falamos com a imprensa... Cadê o resultado?", questiona a dona de casa Ana Paula, enquanto observa mais um quase-acidente da janela de seu apartamento. Ela não está sozinha nessa frustração.

Enquanto a burocracia anda a passos de tartaruga, a comunidade se organiza. Alguns voluntários começaram a fazer "blitz educativas" nos horários de pico, tentando conscientizar os motoristas. Outros instalaram câmeras caseiras para documentar os incidentes. "Se não podemos contar com o poder público, vamos fazer nossa parte", explica o líder comunitário Carlos Mendes.

Resta saber: quantos acidentes serão necessários para que esse problema saia do papel e vire prioridade? Os moradores torcem — e rezam — para que a resposta não precise vir acompanhada de tragédia.