
Imagine só: você está no volante, o sinal está vermelho, mas a pressa fala mais alto. Foi exatamente o que aconteceu com um motorista na Grande João Pessoa nesta sexta-feira (19). Resultado? Um encontro nada amigável entre um carro e um trem — e olha que trem não dá ré.
Por volta das 10h da manhã, no bairro de Cruz das Armas, o condutor simplesmente decidiu que as regras de trânsito eram sugestões. Avançou a sinalização fechada e... bang! O trem, que obviamente tinha prioridade, não teve como frear a tempo.
O que sobrou do carro?
Parecia cena de filme — lataria amassada, vidros estilhaçados e um motorista que, milagrosamente, saiu com apenas escoriações leves. A sorte dele? O maquinista do trem acionou os freios de emergência, reduzindo o impacto. Mas convenhamos: não é todo dia que se briga com uma locomotiva e sai contando a história.
Testemunhas disseram que o barulho foi ensurdecedor. "Pareceu um trovão misturado com metal rangendo", contou um vendedor ambulante que estava a 200 metros dali. Outros relatos sugerem que o motorista parecia distraído — talvez no celular? Quem sabe.
E o trânsito?
Como era de se esperar, o caos se instalou. A linha férrea ficou interditada por quase três horas, atrasando trens de carga e complicando a vida de quem dependia daquela rota. Enquanto isso, um verdadeiro circo se formou no local:
- Curiosos filmando com celulares
- Agentes da Superintendência de Transportes Metropolitanos (STM) tentando organizar o pandemônio
- E claro, os inevitáveis "especialistas" de plantão dando palpites sobre como o acidente "poderia ter sido evitado"
O pior? Esse não é o primeiro caso do tipo na região só este ano. Em fevereiro, um caminhão ficou preso nos trilhos em Bayeux — e adivinhe? Também terminou em colisão. Quando será que as pessoas vão aprender que trens não negociam direito de passagem?
Pra completar, a STM divulgou um comunicado lembrando (de novo!) que cruzar trilhos com a sinalização ativada é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos na CNH. Mas, como diz o ditado, há quem só aprenda batendo a cabeça — ou, nesse caso, batendo o carro.