Não foi um dia qualquer na SP-333, rodovia que corta Florínea, no interior paulista. Por volta das 6h30 desta sexta-feira (25), o que deveria ser mais uma viagem rotineira de transporte de cana virou um verdadeiro quebra-pau — literalmente. Uma carreta bi-trem, daquelas que mais parecem um trem de estrada, simplesmente decidiu deitar na pista com suas 60 toneladas de açúcar em bruto.
Segundo testemunhas — e aí você já pode imaginar a cena —, o veículo perdeu o controle numa curva. Não, não foi aquela chuva fina que caiu de madrugada. Nem defeito mecânico. O que rolou foi pura física bruta: excesso de peso mal distribuído, velocidade incompatível e... boom! O gigante de aço tombou como um dominó cansado.
O estrago
Quando a poeira baixou (ou melhor, a cana se espalhou), o que se viu foi:
- Dois trechos da carreta completamente virados
- Montanhas de cana ocupando as duas faixas
- Filas quilométricas de caminhões putos da vida
O motorista? Esse aí saiu como gato pingado — sem um arranhão. Mas o mesmo não se pode dizer da paciência dos outros motoristas, que ficaram presos no trânsito por mais de 4 horas enquanto o resgate tentava tirar aquele monte de metal e vegetal da pista.
Operação desencalhe
Precisou de:
- Dois guindastes pesados (daqueles que levantam prédios)
- Uma equipe de 12 homens suando a camisa
- Paciência de Jó dos agentes de trânsito
Só por volta das 11h a rodovia voltou a funcionar — ainda que no esquema meia-sola, com uma faixa liberada. E olhe lá.
"Foi um trabalhão dos infernos", confessou um dos bombeiros, esfregando as costas doloridas. "Cana pra todo lado, óleo vazando, e aquele calor de rachar... Mas pelo menos ninguém se feriu."
E a carga? Essa virou adubo improvisado. Dos 60 mil quilos, boa parte teve que ser deixada pelo caminho — afinal, açúcar derramado não se recolhe com vassoura.
