
Era pra ser mais um dia comum na BR-267, aquela estrada que corta Mato Grosso do Sul como uma cicatriz no mapa. Mas o destino — esse arrombado caprichoso — decidiu escrever uma tragédia. Por volta das 6h da manhã, um cacique da etória Terena, ainda não identificado oficialmente, foi atingido por um carro em velocidade que devia tá fazendo o diabo. O impacto? Tão violento que arremessou o homem quase 30 metros, como se fosse um boneco de pano.
Testemunhas contam que o motorista — covarde como rato em queijaria — nem diminuiu a marcha. Simplesmente deu no pé, deixando o líder indígena jogado na pista como um fardo qualquer. Sabe aquela raiva que sobe da boca do estômago? Pois é.
O que se sabe até agora
A Polícia Rodoviária Federal tá revirando os pedaços do quebra-cabeça:
- Local: km 12 da BR-267, perto de Aquidauana (sim, aquela região cheia de histórias)
- Vítima: homem entre 45-50 anos, trajando roupa tradicional
- Veículo: possivelmente um sedan escuro — mas aqui, entre nós, como ninguém anotou a placa?
O corpo foi levado pro IML de Campo Grande, enquanto a comunidade Terena prepara os ritos fúnebres. "Ele era como um pau-brasil pra gente — firme, raiz", disse um parente, com a voz embargada. E você aí reclamando do trânsito na sua cidade...
O lado mais sujo dessa história
Não é a primeira vez que indígenas viram estatística nessa rodovia. A BR-267 tem trechos tão perigosos quanto brincar de roleta-russa — e olha que tô sendo generoso. Ano passado, três atropelamentos fatais em circunstâncias parecidas. Quando é que vão colocar radares ou iluminação decente? Pergunto e repito, enquanto o governo gasta milhões com placas bonitinhas.
Enquanto isso, a família do cacique recebe a notícia com aquela dor que nem remédio cura. O Conselho Indigenista já acionou o Ministério Público — porque, convenhamos, justiça pra pobre no Brasil anda mais devagar que fila de INSS.