
Parece que o universo resolveu testar a paciência dos motoristas da Grande Belém nesta sexta-feira (18). A BR-316, aquela velha conhecida de quem precisa cruzar a região metropolitana, transformou-se num verdadeiro estacionamento a céu aberto — e olha que as aulas já voltaram, hein?
Quem pegou a rodovia entre 6h e 9h da manhã sabe do que estou falando. Filas quilométricas, buzinas desesperadas e aquela sensação de que o tempo decidiu andar mais devoto que carro em dia de chuva. E o pior? A situação se repetiu no início da tarde, entre 11h30 e 14h, como se fosse um déjà-vu indesejado.
Não era pra estar melhor?
Teoricamente, com o retorno das aulas presenciais, o fluxo deveria ter se distribuído melhor, certo? Errado. Aparentemente, todo mundo resolveu sair de casa no mesmo horário — como se combinassem pelo zap. Alguns trechos, principalmente nos acessos a Ananindeua e Marituba, pareciam cenas de filme apocalíptico.
"É sempre assim depois das férias", reclama o motoboy Raimundo Silva, enquanto espera — pasmem — 40 minutos para percorrer 3 km. "A galera esquece como era antes e volta tudo igual formiga no mesmo horário."
Dicas para não enlouquecer:
- Se puder, evite os horários entre 7h-8h30 e 12h-13h30
- Apps como Waze estão indicando rotas alternativas por vias locais
- Transporte coletivo? Metrô e barcos estão com menos lotação
- Se for inevitável, leve água e paciência extra
E tem mais: obras na altura do km 12 pioraram tudo. Dois dos três viadutos estão com faixas reduzidas — porque reformar em julho seria fácil demais, não é mesmo? A previsão é que essa "maravilha" dure até agosto. Alegria.
Enquanto isso, o DER-PA soltou aquela nota padrão: "orientamos os usuários a planejarem seus deslocamentos com antecedência". Traduzindo: se vira, meu povo. O jeito é respirar fundo e lembrar que, como diz o ditado, "tudo passa — até congestionamento na BR-316".