
Gabriel Galipolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, utilizou um recente ataque hacker como justificativa para defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a autonomia da instituição. O incidente cibernético, segundo ele, evidencia a necessidade de maior independência do BC para lidar com crises e ameaças modernas.
Em entrevista, Galipolo destacou que a PEC não apenas fortalece a governança do Banco Central, mas também garante maior segurança institucional diante de desafios como ataques digitais. "A autonomia é crucial para decisões ágeis e eficientes, especialmente em cenários de crise", afirmou.
A proposta, que já está em tramitação no Congresso, tem gerado debates acalorados. Enquanto defensores argumentam que a medida moderniza o BC e alinha o Brasil a padrões internacionais, críticos temem que a autonomia excessiva possa reduzir a transparência e o controle democrático sobre a instituição.
O ataque hacker mencionado por Galipolo ocorreu na semana passada, atingindo sistemas internos do Banco Central. Apesar da gravidade, o diretor garantiu que nenhum dado sensível foi comprometido e que as operações continuam normais.
Especialistas em segurança cibernética reforçam que instituições financeiras são alvos constantes de criminosos virtuais, e a autonomia do BC poderia, de fato, agilizar respostas a esse tipo de ameaça. No entanto, ressaltam a importância de equilibrar independência com mecanismos de prestação de contas.