STJ Decide: Pioneiros do Cashback no Brasil Têm Direito a Indenização Bilionária
STJ assegura indenização a pioneiros do cashback no Brasil

Pois é, meus amigos, essa história é daquelas que parecem saída de um filme — e olha que eu já vi muita coisa nesses meus anos de estrada. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), numa daquelas decisões que viram o jogo completamente, acabou de dar um veredito que vai ecoar nos corredores das startups e dos escritórios de inovação por um bom tempo.

Imagine a cena: final dos anos 1990, a internet ainda dava seus primeiros passos por aqui, e um grupo de visionários bolou um sistema que devolvia parte do valor das compras aos consumidores. Sim, estamos falando do cashback, algo tão comum hoje, mas que na época soava como ficção científica.

Uma Ideia à Frente do Seu Tempo

O negócio era simplesmente revolucionário. Enquanto a maioria mal entendia o que era e-mail, esses caras já pensavam em fidelizar clientes através de reembolsos automáticos. Acontece que a ideia — essa joia rara — foi, digamos, "emprestada" sem a devida autorização. E aí, claro, a briga judicial começou. E que briga!

O caso chegou ao STJ depois de uma verdadeira via-crúcis na Justiça comum. E não foi qualquer julgamento, não. A Quarta Turma, aquela mesma que costuma pegar fogo em debates acalorados, analisou o cerne da questão: uma ideia, por mais genial que seja, pode ser protegida por lei antes mesmo de virar um produto?

O X da Questão: Quando a Inspiração Vira Apropriação

O relator, ministro Luis Felipe Salomão, foi direto ao ponto. Na visão dele — e que visão! —, quando você pega uma ideia inovadora, desenvolvida com suor e investimento alheio, e a usa como se fosse sua, isso configura um claro enriquecimento sem causa. E o direito, sabiamente, não compactua com isso.

O que me impressiona, confesso, é o timing. O STJ não apenas reconheceu o direito à indenização, mas estabeleceu um precedente monumental para casos de propriedade intelectual envolvendo modelos de negócio disruptivos. É como se a corte dissesse: "A criatividade tem dono, sim, senhor."

  • O valor da indenização? Ainda será calculado em liquidação de sentença, mas as especulações giram em torno de dezenas de milhões de reais — coisa fina.
  • Os autores? Reconhecidos como os legítimos "pais" do cashback tupiniquim.
  • O impacto? Uma mensagem clara para o mercado: inovar é bom, copiar descaradamente, nem pensar.

E Agora, José?

O caso serve de alerta para empreendedores e investidores. Num país onde o "jeitinho" às vezes tenta se sobrepor à ética, a decisão do STJ funciona como um pilar de legitimidade. Protege o pequeno, o criativo, aquele que arrisca tudo numa ideia maluca que pode — ou não — mudar o jogo.

Resta torcer para que a fase de cálculo da indenização seja justa. Porque, no fim das contas, como diria meu avô, o barato pode sair caro — especialmente quando se mexe com a inteligência alheia.