LinkedIn Revela Política de IA: Seus Dados Serão Usados Para Treinar Algoritmos a Partir de Novembro
LinkedIN usará dados de usuários para treinar IA em novembro

Pois é, pessoal. O LinkedIn resolveu mexer no vespeiro. A partir do dia 11 de novembro deste ano, aquele seu perfil caprichado, as conexões, até aquelas mensagens trocadas por lá – pasmem – podem virar comida de máquina.

A plataforma, que é basicamente nossa vitrine profissional digital, atualizou seus Termos de Serviço. E a mudança é daquelas que a gente lê com um pé atrás. Eles deixaram claro, sem muito rodeio, que reservam o direito de usar os dados dos usuários para treinar seus modelos de inteligência artificial.

O que muda na prática para você?

Imagine que cada interação sua na plataforma – cada 'curtir', cada comentário, cada curso que você adiciona ao perfil – vira um grãozinho de areia num imenso deserto de dados. É com esse material que os algoritmos vão aprender. A ideia, segundo a empresa, é melhorar serviços, desenvolver funcionalidades novas de IA, e por aí vai.

Mas é aquela velha história, né? A gente sempre se pergunta: até onde vai esse 'melhorar'? E o meu controle sobre as minhas próprias informações?

E a opção de sair? Existe?

Aqui a coisa fica um pouco mais embaçada. O texto dos novos termos não é exatamente um modelo de clareza. Eles mencionam que os usuários podem ajustar algumas configurações de privacidade para limitar o uso de seus dados. No entanto – e sempre tem um 'no entanto' – a linguagem é vaga. Não fica explícito se você pode simplesmente optar por não participar totalmente desse treinamento de IA.

Parece que a carga da prova fica conosco, usuários. A sensação é que temos que correr atrás para entender onde, nos labirínticos menus de configurações, está o interruptor que desliga isso.

  • Seus textos públicos: Posts, artigos, comentários. Tudo isso é um banquete para os algoritmos.
  • Seu perfil: Experiência profissional, habilidades, educação. A IA vai estudar carreiras.
  • Suas interações: Como você se conecta e com quem também vira dado.

É um passo ousado da plataforma, que faz parte do conglomerado da Microsoft. Uma jogada que reflete a febre do momento: todo mundo quer ter sua IA treinada com os melhores dados possíveis. E no caso do LinkedIn, os dados são sobre o mundo profissional – algo extremamente valioso.

Fica o alerta. Talvez seja uma boa hora de dar uma fuçada nas configurações de privacidade do seu perfil. Sabe aquela preguiça que a gente tem de ler os termos de uso? Pois é, dessa vez a letra miúda pode ter consequências diretas na sua digital.

O que você acha? É um preço justo por usar a plataforma de graça, ou mais um abuso na já tão desgastada relação entre privacidade e tecnologia?