
O Brasil está vivendo um verdadeiro frenesi tecnológico — mas será que estamos fazendo direito? Uma pesquisa recente escancarou um paradoxo curioso: enquanto 8 em cada 10 empresas já usam inteligência artificial no dia a dia, apenas 3% investem pesado em capacitação. É como dar um Ferrari nas mãos de quem só dirigiu fusca.
O que os números revelam?
Dá pra acreditar? Das 500 empresas ouvidas (grandes e médias), 78% já botaram IA pra trabalhar. Marketing digital, atendimento ao cliente, até análise de dados. Mas aqui vem o pulo do gato: só 15% treinaram mais da metade dos times. O resto? Jogou a tecnologia no colo dos funcionários e torceu pra dar certo.
Os setores que estão na frente
- Tecnologia da Informação (óbvio, né?)
- Serviços financeiros (onde o dinheiro fala mais alto)
- Varejo (tentando acompanhar a Amazon da vida)
E os motivos pra essa disparidade? Três palavrinhas: pressa, economia e — vamos combinar? — um certo comodismo. "É mais fácil comprar um sistema pronto do que formar gente", confessou um gerente que prefere não se identificar.
O preço da negligência
Os especialistas (aqueles que estudam isso há décadas) alertam: essa economia porca pode sair cara. Funcionário sem treino vira refém da máquina, não parceiro dela. Resultado? Erros bestas, frustração e — pasme! — até resistência à inovação.
Não é exagero. Uma consultoria de RH em São Paulo contou que 40% dos pedidos de demissão em TI nos últimos meses tinham um fundo de verdade: "Não me deram ferramentas pra lidar com as novidades".
E os concorrentes globais?
Enquanto isso, nos EUA e Europa, o cenário é outro. Lá, cada dólar em tecnologia vem acompanhado de dois em educação corporativa. "O Brasil está comprando o ingresso, mas perdendo o show", filosofa uma analista do setor.
Tem solução?
- Começar pequeno: workshops antes da implantação
- Criar "embaixadores digitais" em cada equipe
- Medir impacto real, não só custo
O recado tá dado. IA não é modinha — veio pra ficar. Mas sem gente preparada, até a ferramenta mais poderosa vira enfeite caro. E aí, sua empresa tá no século XXI ou ainda patinando no passado?