
Parece que a maçã mordida está plantando novas raízes em solo americano. Numa jogada que pode mudar as regras do jogo, a Apple anunciou nesta terça-feira (6) um investimento colossal de US$ 100 bilhões para produzir componentes nos Estados Unidos.
Não é só sobre dinheiro — embora seja muito dinheiro. A decisão sacode o tabuleiro geopolítico da tecnologia, reduzindo a dependência da China justo quando as tensões comerciais entre Washington e Pequim parecem não ter fim à vista.
O que isso significa na prática?
Imagine uma linha de montagem do tamanho de um pequeno país. Agora multiplique por dez. A Apple promete:
- Criar mais de 25 mil empregos diretos (e outros tantos indiretos)
- Construir três megafábricas até 2026
- Produzir desde chips até telas de última geração
"É o maior compromisso da nossa história com a indústria americana", disse Tim Cook, CEO da Apple, com aquele sorriso de quem sabe que acaba de lançar uma bomba no mercado.
E o Brasil nessa história?
Enquanto isso, do outro lado do Equador, especialistas brasileiros coçam a cabeça. Será que o movimento da Apple pode inspirar outras gigantes a repensarem suas cadeias produtivas? Ou vamos ficar só na torcida?
Uma coisa é certa: quando os tubarões da tecnologia nadam, as ondas chegam em todo o planeta. Resta saber se o Brasil vai surfar essa — ou se vai ficar só molhando os pés na beira do mar.