
Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no Hospital Estadual de Parnaíba trouxe à tona uma situação alarmante: superlotação e falta de leitos comprometem a qualidade do atendimento na unidade de saúde.
Condições precárias e risco aos pacientes
O relatório aponta que o hospital, que é referência na região, opera com capacidade muito acima do recomendado, com pacientes sendo atendidos em corredores e áreas improvisadas. A indisponibilidade de leitos chega a níveis críticos, especialmente nas alas de emergência e UTI.
Principais problemas identificados:
- Taxa de ocupação acima de 120% na maioria dos setores
- Falta de leitos para casos urgentes e cirurgias eletivas
- Estrutura física inadequada para o volume de atendimentos
- Deficiência no estoque de medicamentos e insumos básicos
Impacto na população
Moradores relatam longas esperas por atendimento e transferências para outras cidades quando os leitos não estão disponíveis. "Já vi pessoas morrerem esperando por um leito na UTI", desabafa um familiar de paciente que preferiu não se identificar.
Especialistas em saúde pública alertam que essa situação coloca em risco tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde, que trabalham sob constante pressão.
O que dizem as autoridades?
O TCE determinou que o governo estadual apresente um plano de ação em 30 dias para resolver os problemas identificados. Entre as recomendações estão:
- Ampliação imediata da capacidade de leitos
- Reforma na infraestrutura física
- Melhoria no sistema de gestão de estoques
- Contratação emergencial de profissionais
A Secretaria Estadual de Saúde informou que já está analisando o relatório e preparando medidas para sanar as irregularidades apontadas.