
Imagine a sensação de desespero: uma emergência médica grave, os minutos passando e nenhuma resposta quando você mais precisa. Foi exatamente esse pesadelo que viveu uma família em Castro, no Paraná, nesta sexta-feira (6).
Uma mulher de 63 anos — cujo nome ainda não foi divulgado — precisava urgentemente de assistência médica. Os familiares, em pânico, discaram para o 192, número vital do SAMU. Só que... nada. A linha simplesmente não funcionava.
Não era problema de rede ou coisa do tipo. O telefone do SAMU local estava completamente fora do ar. Desligado. Inacessível.
Minutos que valiam uma vida
Eles tentaram de tudo, sabe? Ligaram repetidas vezes. Nada. Procuraram alternativas, outros números. O desespero aumentava a cada segundo perdido. Enquanto isso, a idosa piorava.
Sem conseguir acionar o socorro especializado, a família acabou tendo que levar a vítima por conta própria até o hospital. Mas, infelizmente, era tarde demais. Ela não resistiu e faleceu ainda no pronto-socorro.
Quem responde por isso?
O caso foi registrado na delegacia como morte suspeita — obviamente. A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias do óbito e, principalmente, as razões por trás da falha catastrófica no sistema de emergência.
Um porta-voz do SAMU confirmou o ocorrido. Disse que o telefone realmente apresentou uma "intermitência" — que palavra delicada para algo tão grave — no sinal. A ligação teria caído por volta das 11h e só foi normalizada perto das 16h. Cinco horas! Cinco horas com o serviço essencial completamente comprometido.
Ah, e sabem qual foi a solução oferecida enquanto consertavam o problema? Que os moradores ligassem para o número da administração geral. Como se numa emergência médica alguém tivesse tempo ou presença de espírito para ficar procurando alternativa.
O que mais está por trás?
Isso me faz pensar: quantas outras cidades estão operando na corda bamba? Quantos serviços essenciais dependem de uma infraestrutura tão frágil que uma simples falha técnica pode custar vidas?
O caso de Castro não é isolado. É sintoma de um problema crônico que assola nossa saúde pública: a falta de investimento robusto em sistemas de backup e manutenção preventiva. Esperar quebrar para consertar, quando se trata de vidas, é simplesmente inaceitável.
A família enlutada agora aguarda respostas. E a pergunta que fica, ecoando na comunidade, é dura: a morte dela poderia ter sido evitada se o 192 tivesse funcionado? A resposta, meus amigos, parece óbvia demais para confortar.