
O calor escaldante de Teresina parece ter trazido mais do que apenas temperaturas recordes neste mês. Na Zona Sul da cidade, uma família está de luto após a morte de um jovem de apenas 19 anos — e a suspeita que paira no ar é tão pesada quanto o clima local: dengue hemorrágica.
Segundo relatos de vizinhos, o rapaz começou a sentir os primeiros sintomas há cerca de uma semana. "Ele reclamava de dor nos olhos, febre alta que não passava... A gente até achou que era virose", conta uma moradora da rua, que prefere não se identificar. Mas o quadro se agravou rapidamente. Tão rápido que deixou todos assustados.
O que sabemos até agora?
A Secretaria Municipal de Saúde ainda não confirmou oficialmente o diagnóstico, mas todas as evidências apontam para a forma mais grave da dengue. Enquanto isso, os agentes de endemias já estão fazendo um trabalho de formiguinha no bairro — vistoriando cada quintal, cada vasinho de planta esquecido.
E olha que a situação não é brincadeira: só neste ano, Teresina já registrou mais de 3 mil casos suspeitos da doença. Números que fazem a gente pensar: será que estamos mesmo fazendo nossa parte?
Sinais de alerta que você NÃO pode ignorar:
- Febre alta (e eu digo ALTA mesmo, daquelas que derrubam)
- Dor atrás dos olhos que parece uma facada
- Manchas vermelhas pelo corpo — não aquelas normais, mas bem estranhas
- Sangramento pelo nariz ou gengivas (aí já é o sinal vermelho!)
O médico sanitarista Dr. Carlos Albuquerque, que já viu de tudo nessa vida, foi categórico quando conversamos: "A diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica pode ser questão de horas. Se a pessoa demora pra procurar ajuda, o quadro vira uma bola de neve".
Enquanto isso, na casa do jovem, o silêncio é ensurdecedor. A mãe, que não quis dar entrevista, foi vista pelos vizinhos sendo consolada por parentes. "É muito triste ver uma vida tão jovem se perder assim", murmura uma senhora enquanto rega suas plantas — mas com cuidado redobrado para não deixar água parada, é claro.
E você? Já olhou seu quintal hoje? Porque o mosquito não escolhe vítima — e, como diz o ditado, melhor prevenir do que remediar. Principalmente quando o remédio pode não existir.