Mais de 9 mil farmácias são excluídas do Farmácia Popular — entenda o impacto
9 mil farmácias descredenciadas do Farmácia Popular

Eis uma notícia que vai fazer barulho nas prateleiras — literalmente. O Ministério da Saúde acabou de cortar o cordão umbilical de nada menos que 9.042 farmácias e drogarias do programa Farmácia Popular. Não foi um rompimento à toa: a maioria levou chute na canela por falhas graves, como estoque zerado ou preços acima do teto.

Quem acompanha o noticiário sabe — o programa é a tábua de salvação pra quem precisa de remédios pra hipertensão, diabetes e até fraldas geriátricas. Agora, a pergunta que não quer calar: e os pacientes que dependiam desses locais? Bem... a conta, como sempre, cai no colo do cidadão.

O que deu errado?

Pelos bastidores, descobrimos que a fiscalização foi implacável. Alguns estabelecimentos:

  • Anunciavam descontos que nunca apareciam no caixa
  • Deixavam prateleiras vazias como se fossem obra de arte moderna
  • Cobravam até 300% acima do preço combinado com o governo

Não é de hoje que o Farmácia Popular vive no fio da navalha. Lembra do escândalo de 2019, quando farmácias fantasmas sugavam recursos públicos? Pois é, parece que a lição não pegou pra todo mundo.

E agora, José?

O Ministério garante que os municípios atingidos terão alternativas — pelo menos no papel. Mas entre o discurso oficial e a fila do posto de saúde, existe um abismo. Moradores de cidades pequenas, principalmente no Nordeste, já sentem o baque.

"Aqui na minha rua, a farmácia credenciada ficava a três quadras. Agora vou ter que pegar dois ônibus", reclama Dona Maria, 68 anos, que depende de cinco medicamentos controlados. Casos como o dela não são exceção — são a regra.

Pra piorar, o timing não poderia ser pior. Com a inflação medicamentosa batendo recordes, o descredenciamento chega como um soco no estômago. Especialistas já alertam: o risco é parte da população simplesmente abandonar tratamentos por falta de grana.

Enquanto isso, nas redes sociais, a polêmica esquenta. De um lado, quem defende o pente-fino do governo. Do outro, pacientes que se sentem reféns de uma guerra burocrática. E você, de que lado fica nessa discussão?