
Imagine segurar na mão pequenina do seu filho e ouvir aquelas palavras que nenhum pai ou mãe quer escutar: "leucemia". Pois bem, essa foi a realidade da família de Miguel — sim, Miguel, esse guerreiro de apenas 8 anos que acabou de escrever — com letras garrafais — um dos capítulos mais bonitos da medicina paulista.
Nesta sexta-feira, 6 de setembro de 2025, o menino não só venceu a doença como se tornou o primeiro paciente a receber alta do novíssimo Centro de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. E que alto, hein? Com direito a sorrisos, lágrimas e aquela sensação gostosa de dever cumprido.
Um longo caminho até a cura
Miguel — nome fictício, porque a privacidade dele importa — chegou ao HC ainda em 2023. Diagnosticado com leucemia linfoide aguda, enfrentou quimioterapia, internações... todo aquele turbilhão que só quem vive na pele sabe como dói. Mas cá entre nós: a resistência dessa garotada é coisa de outro mundo.
O transplante — esse sim, o grande marco — aconteceu em março. Dois meses depois, em maio, veio a notícia que todos esperavam: a medula óssea do doador havia "pegado" e Miguel estava em remissão. Remissão — que palavra bonita, não é?
Mais que uma estrutura nova: um sonho realizado
O centro onde Miguel foi tratado não é "só mais um". É a materialização de anos de planejamento — e de muito suor — da equipe do HC. Inaugurado em fevereiro, ele ampliou a capacidade de transplantes do hospital em nada menos que 40%. Quarenta por cento!
"A gente viaja para fazer transplante em outros centros há anos... era cansativo, desgastante", conta a médica hematologista Lucy Murakami, coordenadora do serviço. Agora, com seis leitos exclusivos e uma equipe especializada, Ribeirão Preto e região respiram mais aliviadas.
O que isso significa na prática?
- Atendimento humanizado e especializado
- Redução de custos e deslocamentos para famílias
- Agilidade no diagnóstico e tratamento
- Mais esperança para quem precisa
E não para por aí: o centro já tem outros cinco pacientes internados — todos evoluindo bem, graças a Deus.
O recado final?
Histórias como a de Miguel não são só sobre medicina. São sobre resistência, sobre amor — da família, dos médicos, dos enfermeiros. São sobre não desistir mesmo quando o mundo parece desabar.
Ribeirão Preto ganhou mais do que um centro de transplantes. Ganhou um símbolo de que a vida — sempre ela — encontra um jeito de vencer.