
Quem nunca sentiu aquela vontade incontrolável de devorar um chocolate — ou três — durante a TPM? Pois é, mas o que pouca gente sabe é que essa conexão vai muito além de um simples desejo por doces. O intestino e o ciclo menstrual estão mais ligados do que você imagina, e entender essa relação pode ser a chave para dias mais tranquilos.
O eixo cérebro-intestino-útero
Parece nome de filme de ficção científica, mas é pura biologia. Durante o período pré-menstrual, os hormônios fazem uma verdadeira revolução no corpo feminino. Progesterona e estrogênio, aqueles velhos conhecidos, bagunçam não só as emoções, mas também o funcionamento do sistema digestivo.
"É como se o intestino virasse um termômetro emocional", explica a gastroenterologista Dra. Ana Lúcia Mendes. Quando os hormônios dão aquela oscilada, o intestino sente na hora — e o humor vai junto no pacote.
Sintomas que ninguém comenta
- Inchaço que faz você se sentir como um balão prestes a estourar
- Prisão de ventre ou, no extremo oposto, uma diarreia sem aviso prévio
- Aquele desconforto abdominal que te deixa de mau humor antes mesmo de acordar
E não, você não está imaginando coisas. Pesquisas recentes mostram que cerca de 70% das mulheres sofrem com alterações digestivas durante o ciclo menstrual. A boa notícia? Dá para amenizar o problema.
Dicas para sobreviver à tempestade hormonal
- Hidrate-se como se não houvesse amanhã — água é essencial para regular o trânsito intestinal
- Fibra é sua melhor amiga, mas vá com calma para não piorar o inchaço
- Movimente o corpo, mesmo que seja só uma caminhada leve
- Reduza o sal — ele é o maior vilão do inchaço
- Probióticos podem ser aliados poderosos
Ah, e aquela história de "controlar as emoções" durante a TPM? Esquece. O problema não está só na sua cabeça — está no seu intestino também. Entender essa conexão pode ser libertador para muitas mulheres que se sentem culpadas pelos sintomas.
No final das contas, o segredo está em escutar o corpo. Ele dá sinais claros do que precisa — basta prestar atenção. E se os sintomas forem muito intensos, não hesite em procurar ajuda médica. Afinal, sofrer em silêncio não é opção.