
O que começou como um surto isolado virou um pesadelo nacional. De repente — quase sem aviso — dezenas, depois centenas de equinos começaram a cair mortos. A conta, dolorosa, agora chega a 284 vidas perdidas. E o culpado? Uma ração que prometia nutrição e entregou morte.
Não foi de uma hora pra outra. Os primeiros casos pipocaram em propriedades rurais espalhadas pelo país, mas ninguém ligou os pontos. Até que veterinários começaram a notar padrões assustadoramente similares: animais saudáveis definhando em questão de dias, sintomas neurológicos, mortes súbitas.
O que sabemos até agora?
- O Ministério da Agricultura confirmou a presença de micotoxinas acima do limite seguro
- Lotes da ração foram rastreados até um fornecedor do interior de São Paulo
- Produtor rural que usou o alimento perdeu 18 animais em 72 horas — "Foi como ver meus filhos morrendem", desabafa
E o pior? Especialistas temem que o número real seja maior. "Muitos casos em pequenas propriedades nem chegam a ser notificados", explica a Dra. Fernanda Lopes, veterinária com 15 anos de experiência. Ela mesma atendeu três fazendas na região de Campinas onde os animais "simplesmente desabaram".
Reação em cadeia
O caso virou uma bola de neve. Além das perdas emocionais — porque vamos combinar, pra criador, cavalo não é "só animal" — o prejuízo econômico já passa dos R$ 5 milhões. E olha que a conta ainda está sendo feita.
Enquanto isso, nas redes sociais, a hashtag #JustiçaPelosCavalos viralizou. Celebridades, ativistas e até políticos entraram na discussão. Uns pedindo punição exemplar, outros questionando como algo assim ainda acontece em 2025.
E você, o que acha? Até onde vai a responsabilidade de quem produz, fiscaliza e comercializa esses produtos? Uma coisa é certa: 284 vidas perdidas são 284 motivos pra repensarmos nossos padrões de segurança.