Mãe de bebê reborn recorre à Justiça após empresa negar licença-maternidade
Mãe de bebê reborn recorre à Justiça por licença-maternidade

Uma mãe que adotou um bebê reborn — boneca hiper-realista usada para fins terapêuticos — decidiu acionar a Justiça após a empresa onde trabalha negar seu pedido de licença-maternidade. O caso, ocorrido no Espírito Santo, reacendeu o debate sobre os limites dos direitos trabalhistas e o reconhecimento de terapias alternativas para saúde mental.

O conflito trabalhista

A mulher, que preferiu não se identificar, alegou que a boneca foi recomendada por psicólogos para auxiliar no luto após múltiplas perdas gestacionais. No entanto, ao solicitar a licença, a empresa recusou, argumentando que a legislação não ampara "situações simbólicas".

Argumentos da ação judicial

No processo, a defesa da trabalhadora sustenta que:

  • A licença-maternidade é um direito previsto na Constituição, independentemente do tipo de filiação;
  • Bebês reborn são reconhecidos como ferramentas terapêuticas por associações de saúde mental;
  • A negativa configura assédio moral, pois desconsidera o sofrimento psicológico da empregada.

Repercussão e próximos passos

O caso está sendo acompanhado por entidades de defesa dos direitos das mulheres. Especialistas ouvidos pelo caso afirmam que a decisão judicial pode criar um precedente importante para situações semelhantes. A empresa ré ainda não se manifestou publicamente sobre o processo.