
A medicina ortopédica avança a passos largos, e uma das técnicas mais impressionantes é o alongamento ósseo com haste eletrônica, capaz de aumentar o comprimento dos membros em até 8 centímetros. O procedimento, que já é realidade no Brasil, promete revolucionar tratamentos para pessoas com discrepância no tamanho das pernas ou que desejam ganhar altura.
Como funciona a cirurgia de alongamento ósseo?
A técnica consiste na inserção de uma haste intramedular eletrônica dentro do osso, geralmente o fêmur ou a tíbia. Esse dispositivo é controlado remotamente e realiza distensões graduais, estimulando o crescimento ósseo de forma precisa e menos invasiva que os métodos tradicionais.
Etapas do procedimento:
- Corte ósseo controlado: O cirurgião faz uma osteotomia (corte no osso) sem danificar a medula ou vasos sanguíneos.
- Implante da haste: O dispositivo é inserido no canal medular e fixado com parafusos especiais.
- Distensão progressiva: Através de um controle externo, a haste alonga-se cerca de 1 mm por dia, separando gradualmente as partes do osso.
- Consolidação: O organismo preenche o espaço criado com novo tecido ósseo, completando o processo em 3 a 6 meses.
Quem pode se beneficiar dessa técnica?
O alongamento ósseo é indicado principalmente para:
- Pacientes com discrepância de membros (pernas de tamanhos diferentes)
- Vítimas de acidentes com perda óssea significativa
- Casos graves de nanismo ou outras condições genéticas
- Adultos que desejam aumentar sua altura (embora controverso)
Riscos e considerações
Apesar de ser menos invasivo que técnicas antigas, o procedimento ainda exige:
- Longo período de reabilitação
- Risco de infecção ou complicações neurológicas
- Custo elevado (pode chegar a R$ 100 mil)
- Necessidade de fisioterapia intensiva
Especialistas alertam que a cirurgia não deve ser tratada como procedimento estético, mas sim como correção médica para casos específicos. No Brasil, o método já está disponível em alguns centros ortopédicos especializados, principalmente em São Paulo e Campinas.