
A produtora por trás de dois dos maiores festivais de música do Brasil, o Rock in Rio e o Lollapalooza, foi incluída na chamada "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego por supostas práticas análogas à escravidão. A medida coloca em xeque a reputação da empresa e levanta questões sobre as condições de trabalho no setor de eventos.
O que a investigação revelou
De acordo com as autoridades, fiscais encontraram trabalhadores em situação precária durante a produção de um dos eventos. Entre as irregularidades estavam:
- Jornadas exaustivas
- Alojamentos inadequados
- Falta de equipamentos de proteção
- Restrição de liberdade
Repercussão no mercado
O caso já começa a ter impacto no mundo dos eventos musicais. Especialistas alertam que:
- Patrocinadores podem reconsiderar parcerias
- Artistas podem exigir maior transparência
- O público pode questionar a ética por trás dos grandes espetáculos
A produtora ainda não se manifestou oficialmente sobre a inclusão na lista, que permanece válida por dois anos. Durante esse período, a empresa terá restrições para obter financiamento público e participar de licitações.
O que diz a lei
O Brasil tem legislação específica contra o trabalho análogo à escravidão, com penas que podem chegar a oito anos de prisão. A inclusão na "lista suja" é uma das medidas administrativas mais severas do Ministério do Trabalho.