
Nos últimos dois anos, o Espírito Santo registrou um avanço significativo no combate ao trabalho infantil. Segundo dados divulgados recentemente, mais de 6 mil crianças foram resgatadas de situações de exploração laboral entre 2023 e 2025.
O levantamento, realizado por órgãos de proteção à infância, destaca os setores onde o problema é mais recorrente, como agricultura, comércio informal e serviços domésticos. Apesar dos esforços, especialistas alertam que a pandemia agravou a vulnerabilidade social, aumentando os riscos para crianças e adolescentes.
Desafios e ações de combate
As autoridades capixabas têm intensificado as fiscalizações e campanhas de conscientização. Entre as medidas adotadas estão:
- Ampliação da rede de denúncias anônimas;
- Parcerias com escolas para identificar casos de evasão;
- Programas de inclusão social para famílias em situação de risco.
"O trabalho infantil rouba o presente e o futuro dessas crianças. Precisamos agir agora", afirma uma representante do Conselho Tutelar.
Impacto na saúde e educação
Além das consequências físicas, como lesões e fadiga crônica, o trabalho precoce está diretamente ligado ao abandono escolar e a problemas psicológicos. Dados mostram que 70% das crianças resgatadas apresentavam atraso no aprendizado.
O Espírito Santo mantém a meta de erradicar todas as formas de trabalho infantil até 2030, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.