
Eis uma notícia que vai fazer muita gente coçar a cabeça: em pleno mês de julho, nada menos que um milhão de famílias simplesmente sumiram do radar do Bolsa Família. Segundo os dados oficiais, essas pessoas deixaram o programa porque... pasme... aumentaram sua renda.
Mas será que é bem assim? Você acredita que, do nada, tanta gente conseguiu dar a volta por cima? Ou será que tem alguma maracutaia nessa história toda?
Os números que não fecham
O Ministério do Desenvolvimento Social divulgou que, em julho, o número de beneficiários caiu de 20,9 milhões para 19,9 milhões. Uma queda brusca que deixou até os especialistas de cabelo em pé.
"É uma redução atípica", admite um técnico do governo que prefere não se identificar. "Normalmente, as saídas são graduais. Isso aqui parece mais um terremoto social."
O que diz o governo?
Segundo a versão oficial, essas famílias foram "gradualmente incluídas no Cadastro Único" e agora teriam alcançado renda superior ao limite do programa. Mas convenhamos: num país onde o desemprego ainda assombra como fantasma, isso soa no mínimo... estranho.
- Cadastro Único atualizado: 72,6 milhões de pessoas
- Famílias em extrema pobreza: 4,2 milhões
- Valor médio do benefício: R$ 600
E tem mais: enquanto uns saem, outros entram. Só em julho, 193 mil novas famílias foram incluídas no programa. Uma dança de cadeiras que deixaria qualquer um tonto.
Será que a conta fecha?
Economistas ouvidos pela reportagem fazem cara de paisagem com os números. "Ou o Brasil descobriu a fórmula mágica contra a pobreza, ou tem alguma coisa errada nessa conta", dispara um deles, pedindo anonimato.
E você, o que acha? Verdadeiro milagre econômico ou mais um daqueles mistérios da administração pública que nunca são totalmente explicados?
Enquanto isso, nas periferias, o povo segue na luta. Com ou sem Bolsa Família, a vida não para - e as contas, essas não perdoam nunca.