Eis uma virada que muita gente na segurança pública aguardava há tempos. O Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu, finalmente, colocar a equiparação salarial entre Polícia Militar e Corpo de Bombeiros no topo da lista de prioridades. Não é pouco coisa.
O anúncio saiu nesta terça-feira (27) e pegou todo mundo de surpresa — no bom sentido, diga-se. A notícia veio direto do Palácio do Buriti, sede do governo, e já está sendo tratada como um passo histórico para quem veste farda no DF.
O que muda na prática?
Bom, a ideia é simples, mas justa: igualar os vencimentos de soldados, cabos, sargentos e oficiais das duas corporações. Atualmente, existe uma discrepância — por vezes considerável — entre os salários de PMs e bombeiros que ocupam a mesma posição na hierarquia. Algo que sempre gerou desconforto e, francamente, uma certa dose de injustiça.
O governo garante que a medida não é apenas simbólica. Vai envolver a realocação de verba e um novo desenho na planilha de gastos com pessoal. E olha, não vai ser barato. Mas a sensação que fica é que, pela primeira vez em anos, o valor desses profissionais está sendo reconhecido de verdade.
E os próximos passos?
Agora começa a etapa mais complicada: tirar o plano do papel. A expectativa é que uma proposta concreta seja elaborada nos próximos meses, envolvendo as secretarias de Segurança, Economia e a Casa Civil. Vai exigir diálogo — e muito.
Ninguém espera que isso se resolva da noite para o dia, é claro. Alterações dessa magnitude envolvem negociação, aprovação orçamentária e um longo trâmite interno. Mas o importante, como disseram fontes próximas ao governo, é que o sinal verde foi dado. E isso, sozinho, já vale muito.
Enquanto isso, nas ruas e quartéis, a esperança volta a circular. Quem dedica a vida à segurança da população merece mais do que discurso. Merece ação. E parece que, finalmente, a ação chegou.
