
O Parlamento do Reino Unido aprovou nesta quinta-feira (20) uma lei que legaliza o suicídio assistido em casos específicos, marcando um momento histórico no país. A decisão, que já vinha sendo discutida há anos, abre precedentes para um debate global sobre o direito à morte digna.
O que diz a nova lei?
A legislação permite que pacientes terminais, com doenças incuráveis e dores insuportáveis, possam solicitar assistência médica para encerrar suas vidas. No entanto, há uma série de requisitos rígidos:
- Diagnóstico confirmado de doença terminal com expectativa de vida inferior a 6 meses
- Capacidade mental comprovada para tomar a decisão
- Aprovação de dois médicos independentes e de um juiz
- Período de reflexão de 14 dias após o pedido inicial
Reações divididas
Enquanto organizações de direitos humanos comemoram a decisão como uma vitória da autonomia individual, grupos religiosos e pró-vida criticam a medida, alegando que ela desvaloriza a vida humana.
"Esta lei representa um marco na medicina paliativa e no respeito à vontade do paciente", afirmou um porta-voz do Ministério da Saúde britânico.
Impacto internacional
A decisão do Reino Unido pode influenciar discussões semelhantes em outros países, incluindo nações da União Europeia e da Commonwealth. Atualmente, apenas um punhado de países como Suíça, Holanda e Canadá permitem alguma forma de suicídio assistido.