
Numa tarde de terça-feira que mais parecia saída de um roteiro de suspense político, o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin trancaram a porta do Palácio dos Bandeirantes para uma conversa que promete dar o que falar. O assunto? Um plano de contingência que, segundo fontes próximas, pode sacudir as estruturas da administração pública.
Enquanto isso, nas ruas de São Paulo, um outro drama se desenrolava — e esse, infelizmente, não é ficção. Profissionais da saúde, aqueles mesmos heróis de jaleco que enfrentaram a pandemia de peito aberto, agora levantam a voz contra um inimigo invisível: a violência institucional.
O encontro que pode mudar os rumos do governo
Lula chegou ao encontro com aquele passo firme de quem tem pressa — e motivos não faltam. A economia dá sinais de cansaço, o povo está com o bolso vazio e agora esse tal plano de contingência. O que será que estão cozinhando nos bastidores?
Alckmin, por sua vez, recebeu o presidente com a serenidade de quem já viu tudo nessa vida política. Mas até ele pareceu surpreso com alguns pontos da discussão. "Tem coisa aí que nem eu, velho raposa da política, estava esperando", comentou um assessor que pediu para não ser identificado.
Do outro lado da cidade, o grito sufocado da saúde
Enquanto os grandes decidem o futuro do país, nas unidades básicas de saúde a realidade é outra. Maria, enfermeira há 15 anos (que preferiu não dar o sobrenome), conta com os olhos vermelhos de cansaço: "A gente aguenta plantão de 24h, falta de material, salário atrasado... Mas agora até agressão física virou rotina?".
Os números assustam: só neste ano, mais de 120 casos de violência contra profissionais de saúde foram registrados só na capital paulista. E olha que muitos nem chegam a ser denunciados — "Pra quê? Nada muda mesmo", lamenta um técnico de enfermagem enquanto prepara uma injeção.
O que esperar dos próximos dias?
Fontes do Planalto garantem que o tal plano de contingência deve ser anunciado ainda esta semana. Será que vai resolver? Bom, como dizia meu avô, "de boas intenções o inferno está cheio".
Já para os profissionais de saúde, a esperança é a última que morre — mas está dando seus últimos suspiros. "A gente só quer trabalhar em paz", suspira uma médica residente, enquanto corrige a máscara no rosto marcado pela fadiga.