
Eis que o cenário político mineiro ganha um novo capítulo — daqueles que pegam até os mais antenados de surpresa. Zé Guilherme, que há pouco mais de um mês assumia com pompa o cargo de secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, simplesmente resolveu dar no pé.
Pois é. Quem diria, né? Mal completou 40 dias no governo Romeu Zema (Novo) e já meteu o pé. O pedido de exoneração foi entregue diretamente nas mãos do governador nesta sexta-feira (13) — azarado o dia, diga-se de passagem.
E os motivos? Ah, aí a coisa fica interessante. Segundo fontes próximas ao Palácio da Liberdade, a decisão não veio do nada. Na verdade, foi fruto de uma conversa franca entre ele e Zema. Nada de brigas ou escândalos, aparentemente — o que já é uma raridade nesse meio.
Zé Guilherme, que também é músico e compositor — gente boa da arte —, justificou que chegou a hora de “se retirar”. Disse que reconhece a necessidade de dar espaço para que outra pessoa assuma e toque os projetos do jeito que o governador quer. Algo como “melhor sair enquanto é tempo”, sabe como é?
Não foi uma saída por porta dos fundos, não. Pelo contrário. Ele mesmo agradeceu publicamente a oportunidade e ainda desejou sorte ao sucessor — whoever that is.
E agora, José?
Com a saída repentina — e um tanto elegante, diga-se —, o governo de Minas se vê mais uma vez às voltas com uma mudança de comando em pasta importante. E logo na Cultura, que sempre foi um caldeirão de opiniões, projetos e… bem, polêmicas.
Zema, claro, já foi informado e deve em breve anunciar um novo nome para assumir a secretaria. Será que vem gente de dentro do governo? Alguém da área artística? Um nome político? Apostas não faltam nos corredores da Cidade Administrativa.
Enquanto isso, Zé Guilherme volta pra casa — ou pro estúdio, quem sabe — sem muito alarde. Deixa um cargo cobiçado, mas leva na bagagem a consciência tranquila de quem tentou, viu que não era a hora e preferiu sair de boa.
Coisa rara na política, não é mesmo? Mas é isso aí. Às vezes a melhor jogada é saber a hora de cair fora.