Secretário de Saúde do Rio acusa governo estadual de inadimplência bilionária 'intencional'
Rio: secretário acusa governo de dívida "intencional" de R$ 2,5 bi

O clima no Rio de Janeiro está mais tenso do que um jogo de pôquer na final do campeonato carioca. E não, não é por causa do trânsito caótico ou do preço do açaí. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, soltou o verbo nesta quarta-feira: segundo ele, o governo do estado deve R$ 2,5 bilhões à prefeitura — e isso não seria mero descuido.

"Tem cheiro de dolo", disparou o secretário, com aquele tom de quem já cansou de bater na mesma tecla. A quantia astronômica corresponde a repasses não realizados desde 2020 para custeio de unidades de saúde administradas pelo município.

O que está em jogo?

Pra você ter ideia da encrenca:

  • 37 unidades de saúde sob gestão municipal
  • Atendimento a mais de 2 milhões de pacientes por ano
  • Salários de profissionais da linha de frente em risco

Enquanto isso, o governo estadual — que não nega a dívida — joga a culpa no governo anterior. Conveniente, não? "Estamos fazendo a lição de casa", dizem. Mas a prefeitura rebate: "Cadê o cheque?"

Efeito dominó na saúde pública

O que era um mero rombo contábil já escorrega para o cotidiano dos cariocas. Alguns postos de saúde reduziram horários. Outros adiam procedimentos. E os profissionais? Ah, esses vivem no suspense do "será que o pagamento vem?".

Numa cidade onde o samba e o sol esquentam os ânimos, a saúde pública parece ter entrado num freezer. E o pior? Ninguém parece disposto a tirá-la de lá tão cedo.