Lideranças de Santa Catarina Tomam Brasília: Agenda Estratégica com Ministros em Setembro
Lideranças de SC negociam com ministros em Brasília

Brasília não sabe o que a atingiu nesta semana. Uma verdadeira força-tarefa catarinense, capitaneada pelo governador Jorginho Mello, invadiu a capital federal com uma missão clara: colocar o estado no centro das atenções do Planalto.

E não foi uma visita qualquer. A agenda foi daquelas de fazer inveja a qualquer lobista — repleta de encontros de alto escalão, portas fechadas e conversas francas que podem, de fato, mudar os rumos de políticas públicas essenciais para o sul do país.

Uma Agenda de Peso nos Corredores do Poder

O que estava em jogo? Tudo. Absolutamente tudo que importa para o desenvolvimento de Santa Catarina. A comitiva, que não perdeu tempo, mergulhou de cabeça em discussões críticas. De infraestrutura — aquela velha conhecida de todos nós, com estradas que precisam urgentemente de atenção — até a sempre delicada questão da segurança pública. E claro, não podia faltar a temática ambiental, um assunto que coloca o estado no mapa nacional, para o bem e para o mal.

Os encontros foram muitos e com nomes pesados. Ministros de pastas fundamentais sentaram à mesa para ouvir o pleito catarinense. A sensação que ficou? A de que finalmente há um canal direto e produtivo sendo construído. Algo raro nos últimos tempos.

Muito Além do Governador: Uma Frente Ampliada

Mas chamou a atenção a composição do grupo. Não era só Jorginho Mello e sua equipe de secretários. A vice-governadora, Daniela Reinehr, estava lá, mostrando uma unidade rara. E mais: prefeitos de diferentes cantos do estado, deputados federais e estaduais… Parecia mesmo uma frente ampliada, suprapartidária, em prol de Santa Catarina.

Isso é significativo. Mostra que, quando o assunto é o interesse do estado, as bandeiras partidárias ficam em segundo plano. Uma lição de casa que muitos outros estados brasileiros teimam em não fazer.

O governador, é claro, não escondeu o otimismo. Em seus breves comentários entre uma reunião e outra, deixou claro que o objetivo era “tirar do papel” projetos que estão emperrados há tempos. Ele falou em “diálogo construtivo” e “busca de soluções conjuntas”. Soa como clichê? Talvez. Mas no cenário político atual, até um clichê executado com competência é digno de nota.

O Que Esperar Dessas Conversas?

A pergunta que fica é: e agora? Reuniões em Brasília são comuns; resultados tangíveis, nem tanto. Desta vez, porém, o tom foi diferente. A delegação catarinense não foi para pedir favores. Foi para apresentar projetos, cobrar contrapartidas e, acima de tudo, lembrar o governo federal da importância estratégica do estado.

Os desdobramentos práticos devem começar a aparecer nas próximas semanas, com a sinalização de liberação de verbas e a aceleração de processos que estavam parados. Será que vai dar certo? Só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: Santa Catarina deu um show de organização e estratégia política. O recado foi dado, e alto e bom som.