
Eis que a poeira não baixou — e agora a CPI do Lixo no Piauí resolveu cutucar o vespeiro. A comissão, que tá investigando um suposto festival de malfeitos na gestão de resíduos da capital, decidiu chamar pra conversa alguns figurões que, na época do prefeito Dr. Pessoa, tinham assento quentinho na administração municipal.
Não vai ser um chá de cadeira não. Pelo menos quatro ex-vereadores que comandaram pastas estratégicas entre 2021 e 2024 vão ter que explicar — e bem explicado — o que diabos aconteceu com os milhões destinados à limpeza urbana. A lista inclui:
- João da Silva (ex-secretário de Serviços Públicos)
- Maria Oliveira (responsável pelo Meio Ambiente na época)
- Carlos Andrade (que tocava a área de Licitações)
- Ana Santos (coordenadora do Plano de Resíduos Sólidos)
"A gente não tá acusando ninguém ainda", avisa o relator da CPI, com aquela voz de quem já viu cada coisa na vida. "Mas quando o buraco é mais embaixo, tem que cavar até achar a raiz do problema." E olha que o problema não é pequeno — falam em desvios que poderiam chegar a R$ 12 milhões.
O que a CPI quer saber?
Basicamente três coisas que não batem:
- Por que contratos milionários com empresas de coleta foram renovados sem licitação
- Onde foram parar os recursos do programa Lixo Zero, que sumiram feito pó no vento
- Quem deu o aval pra destinação irregular de resíduos em áreas protegidas
Os ex-gestores serão convidados formalmente na próxima terça. Se recusarem? Bem, aí a coisa pode ficar feia — a CPI tem poder pra virar intimação e até pedir quebra de sigilo bancário.
Enquanto isso, na rua, o povo continua reclamando do lixo acumulado. Ironia ou consequência? Você decide.