
Parece que a prefeitura de Campo Limpo Paulista resolveu dar um tiro no próprio pé — e acertou em cheio. Dessa vez, o prejuízo tem nome e sobrenome: meio milhão de reais que poderiam ter transformado a realidade de um distrito inteiro, mas que agora viraram pó.
Acontece que a administração municipal simplesmente esqueceu de cumprir o básico: apresentar um plano de trabalho para utilizar uma emenda parlamentar destinada à pavimentação. O prazo? Venceu em 30 de julho. A justificativa? Nenhuma que faça sentido para os moradores que continuam enfrentando ruas esburacadas.
O que deu errado?
Detalhes do fiasco:
- A verba de R$ 500 mil foi aprovada em 2024 (sim, faz tempo!)
- O distrito em questão — que prefiro não nomear para não constranger ainda mais os responsáveis — continua com vias precárias
- Documentos essenciais? Nem sinal. Parece que sumiram no famoso "gavetaço"
E olha que o caso cheira a desleixo crônico. Segundo fontes próximas ao governo, a equipe técnica até começou a elaborar o projeto, mas parou no meio do caminho. Motivo? "Problemas internos". Traduzindo: falta de coordenação entre as secretarias.
Reação da população
Nas redes sociais, a revolta é palpável. Maria das Dores, moradora há 15 anos na região, disparou: "É sempre a mesma história. Prometem, não cumprem, e a gente que se vire no osso". Outros questionam por que a prefeitura não correu atrás quando ainda havia tempo.
E tem mais — alguns conselheiros municipais afirmam que haviam alertado sobre os prazos. Mas, como diz o ditado, aviso dado não é erro cometido. Agora, a conta chegou: literalmente.
E agora, José?
O que se sabe:
- A União já realocou os recursos para outros municípios
- Não há possibilidade de recuperação da verba neste exercício
- A prefeitura alega que buscará "novas alternativas" (o que soa como promessa vaga)
Enquanto isso, as crianças continuam indo para a escola passando por atoleiros, os idosos enfrentam dificuldades de locomoção, e o comércio local perde clientes — tudo porque alguém não fez o dever de casa.
Pergunta que não quer calar: quando é que a gestão pública vai aprender que planejamento não é luxo, mas obrigação? Fica aí o questionamento — e a conta, claro, para o contribuinte.