
Eis que a Justiça paraense resolveu entrar no meio dessa confusão toda — e olha que não foi pouco. O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) deu um puxão de orelha no governo estadual, determinando que eles publiquem uma resposta àquela falação do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro, que viralizou mais que receita de bolo de fubá no WhatsApp.
O vídeo, que rodou o estado inteiro como rastro de pólvora, mostra o gestor municipal soltando uns verdes contra a administração estadual. E não foi pouco, não. Tanto que o desembargador José Maria Teixeira do Rosário nem pensou duas vezes: deu 10 dias para o governo se manifestar, com direito a publicação no Diário Oficial e tudo.
O que rolou no vídeo?
Pois é, quem viu o vídeo — e meio Pará viu — sabe que o prefeito não economizou nas críticas. Acusações pesadas, daquelas que deixam marcas. Tanto que o governo estadual correu pro judiciário, alegando que tava sendo difamado à luz do dia. O juiz de primeira instância até deu razão, mas aí veio o TJPA e mudou o jogo.
"Não se trata de censura", explicou o desembargador, num tom mais paciente que professor de cursinho. "É equilíbrio. Direito de resposta é previsto na Constituição, e ponto final."
E agora, José?
O governo tem até o dia 3 de agosto — isso mesmo, a corrida contra o tempo já começou — para publicar a resposta. E não adianta colocar no cantinho da página: tem que ser em "local de igual destaque" à publicação original, como determinou a Justiça.
Enquanto isso, em Ananindeua, o clima tá daqueles de "cada um no seu quadrado". O prefeito, que no vídeo parecia ter engolido um limão inteiro, agora mantém o silêncio — pelo menos publicamente. Já os assessores do governo estadual vivem dizendo que "vão cumprir a decisão", mas com aquele sorriso amarelo de quem tomou um empurrão sem esperar.
Uma coisa é certa: essa novela ainda vai dar pano pra manga. E o pior — ou melhor — é que ela tá sendo escrita não nos bastidores, mas a plenos pulmões, pra todo mundo ver.