Parece até roteiro de filme, mas é a pura realidade da nossa Justiça. Na próxima terça-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal vai virar palco de uma daquelas reviravoltas que deixam qualquer um de queixo caído. Quem diria, hein?
Cristiano Zanin, aquele mesmo que por anos defendeu Lula com unhas e dentes nos tribunais, agora vai sentar na cadeira de ministro para julgar nada mais, nada menos que Sergio Moro. Sim, o ex-juiz que condenou o petista. A vida prega umas peças e tanto, não prega?
O peso da história
O caso específico é sobre aquela suspeita de que Moro teria agido com parcialidade – quem não se lembra daquele debate acalorado que dividiu o país? Agora, Zanin vai ter que analisar pedidos da defesa do ex-juiz contra decisões do próprio STF. Complexo, para dizer o mínimo.
E olha que curioso: quando Zanin foi indicado para o Supremo, ele até prometeu se escusar de processos envolvendo Lula. Mas sobre Moro? O silêncio foi eloquente. Fica aquele gostinho de 'será que vai...?' no ar.
Os bastidores que poucos veem
Nos corredores do poder, o burburinho é grande. De um lado, os que veem conflito de interesse claro como água. Do outro, quem defende que Zanin tem competência técnica para separar as coisas. Difícil não torcer o nariz, mas a Constituição manda quem cala...
O ministro vai enfrentar um verdadeiro teste de fogo. Sua decisão, seja qual for, vai ser dissecada sob a lupa da opinião pública. Em tempos de polarização, cada movimento no tabuleiro judicial vira peça de xadrez político.
Resta esperar para ver como essa página da nossa história será escrita. Uma coisa é certa: terça-feira promete.
