Tarcísio adia viagem a Brasília e deixa anistia de dívida de R$ 26 bi em suspenso
Tarcísio cancela viagem e deixa anistia de R$ 26 bi em suspenso

Eis que o governador paulista, Tarcísio de Freitas, simplesmente riscou do mapa a tão aguardada viagem à capital federal marcada para esta quarta-feira. A agenda? Nada mais, nada menos que uma das negociações mais espinhosas do momento: a tal da anistia de uma dívida colossal, beirando os R$ 26 bilhões, que o estado mantém com a União.

O plano original era sentar à mesa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o poderoso da Casa Civil, Rui Costa. A missão: destravar um acordo que, francamente, mais parece um novelo de lã embaraçado. Mas, de repente, silêncio. A viagem evaporou.

E o palácio do Planalto, hein? Bom, ficou sabendo da mudança de planos apenas na última hora, segundo fontes que acompanham o baile. Um verdadeiro vácuo na comunicação que não passa despercebido nos corredores do poder.

O Xadrez Orçamentário e a Pressão por Espaço

A justificativa oficial que circula é que a equipe econômica do governo simplesmente não conseguiu — ou não quis — abrir espaço no Orçamento da União para acomodar esse perdão monumental. Imagina só: R$ 26 bilhões não surgem do nada, não é mesmo? É uma soma que faz qualquer contador tremer nas bases.

O governo Tarcísio, por sua vez, joga a real: a anistia é condição sine qua non para que São Paulo aceite aderir ao programa de desoneração de folha de pagamento, o chamado Desenrola dos estados. Uma troca que, pelo visto, está longe de ser fechada.

Um Jogo de Poder com Muitas Variáveis

O cancelamento da viagem não é um mero detalhe na agenda de um governador. É um sinal político potente, um recado nas entrelinhas. Deixa claro que as tratativas estão muito longe de um consenso e que a conversa, na prática, esfriou de vez.

Esse impasse joga uma luz crua sobre a complexa relação entre os estados e o governo federal. Mostra a dificuldade de conciliar interesses fiscais muitas vezes antagônicos, principalmente num cenário de restrições orçamentárias de ambos os lados.

O que vem por aí? Aguardemos os próximos capítulos. A bola, agora, parece estar com a equipe econômica federal. Resta saber se haverá flexibilidade — ou se São Paulo terá que procurar outros caminhos para resolver esse imbróglio bilionário.