
O clima no Supremo Tribunal Federal (STF) anda mais pesado que chuva de verão em Brasília. E não é por menos. As críticas ácidas do ministro aposentado Marco Aurélio Mello — que voltou a disparar contra seus ex-colegas — geraram reações que beiram o teatro jurídico.
Não dá pra dizer que foi surpresa. Marco Aurélio, com seu estilo bombástico, sempre foi um furacão de opiniões. Mas dessa vez, parece que pisou em calos ainda doloridos. Alguns ministros, que preferiram não estampar os jornais, soltaram pérolas nos bastidores que dariam um roteiro de novela.
O que exatamente disparou o alarme?
O ex-ministro — agora livre das amarras do cargo — disparou: chamou decisões recentes do STF de "jurisprudência de balcão". Para quem não fala "juridiquês", é como dizer que as sentenças saem conforme o humor do dia. Ops.
E não parou por aí. Em entrevista que mais pareceu um stand-up jurídico, Marco Aurélio esmiuçou o que considera "personalização excessiva" das decisões. Em outras palavras: segundo ele, quem decide muitas vezes é o ministro, não a lei.
E o STF? Engoliu seco.
Fontes próximas ao plenário contam que o clima ficou parecendo aquela reunião de família onde todo mundo sorri, mas ninguém esquece a briga do Natal passado. Alguns ministros rebateram com ironia fina — do tipo que só quem estudou 30 anos de direito consegue produzir.
- Um deles, que pediu para não ser identificado, soltou: "Quando aposenta, todo mundo vê o que deveria ter feito no cargo"
- Outro foi mais direto: "Crítica fácil é como café frio — todo mundo serve, ninguém quer tomar"
Mas calma, não foi só troca de farpas. Entre as linhas, dá pra ler uma preocupação real com a imagem da corte. Afinal, estamos falando da instituição que — gostemos ou não — tem decidido os rumos do país em temas quentes como investigações políticas e direitos fundamentais.
E agora, José?
O certo é que essa novela está longe de acabar. Enquanto isso, os observadores do STF se dividem: uns acham saudável o debate, outros veem risco de desgaste institucional. E você? Acha que esse tipo de embate fortalece ou enfraquece o Judiciário?
Uma coisa é certa: com ou sem Marco Aurélio, o STF continua sendo aquela caixinha de surpresas que mexe com o humor do país antes mesmo do café da manhã.