
O placar do Supremo Tribunal Federal está se movendo — e rápido. Pelos cálculos dos ministros, Jair Bolsonaro deve estar atrás das grades até o final deste ano. Não é palpite de boteco, não. É a projeção que corre nos corredores do poder.
O que era uma possibilidade distante agora ganha contornos de realidade quase tangível. Dezembro surge no horizonte como o mês que pode mudar tudo. O relógio da Justiça, que parecia emperrado, de repente acelerou seu tique-taque.
Os números não mentem
Os cálculos do STF são precisos como faca. Eles consideram prazos processuais, recursos possíveis — e os já esgotados — e a morosidade que, convenhamos, sempre foi marca registrada do nosso sistema. Dessa vez, porém, a matemática aponta para um desfecho célere.
Não se trata de vontade política, insistem fontes próximas ao tribunal. É mera aritmética jurídica. O trâmite segue seu curso, os prazos se esgotam e as portas para novos embates se fecham, uma após a outra.
O que isso significa na prática?
- O ex-presidente esgotou — ou está prestes a esgotar — suas principais linhas de defesa;
- Os ministros veem poucos obstáculos capazes de adiar significativamente o inevitável;
- O ano deve terminar com um dos capítulos mais dramáticos da política recente.
O clima em Brasília? Tenso. É aquele silêncio constrangedor que precede a tempestade. Aliados buscam alternativas, mas o consenso entre juristas é desanimador: as opções são escassas.
Do outro lado, o campo bolsonarista se prepara para o pior. Resta saber como reagirão — e se a tão falada base fiel seguirá firme ou começará a se dispersar diante da concretização de uma possibilidade que, até então, parecia abstracta demais.
Uma coisa é certa: o último mês de 2023 promete. Se a previsão do STF se confirmar, teremos um Natal politicamente explosivo. E o réveillon? Bem, esse certamente será virado de ponta-cabeça.