
Eis que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski — ou simplesmente "Sabino", como é conhecido nos corredores do poder — decidiu encerrar seu capítulo no governo federal. A notícia veio através de uma carta endereçada ao presidente Lula nesta quinta-feira, 19. Algo quase poético, se não fosse tão previsível.
Ele agradeceu pela honra de servir — como todo bom político faz — mas deixou claro: missão cumprida. Será mesmo? O Palácio do Planalto ainda não se manifestou oficialmente, mas fontes próximas ao Executivo já sussurram que a saída era esperada.
O timing político
Nada é por acaso em Brasília. A saída de Sabino ocorre justamente quando o governo tenta recompor suas forças no Congresso — e olha, não está fácil. Muitos analistas já vinham especulando que ele não ficaria até o final do mandato. Alguns dizem que cansaço; outros, que divergências internas.
Mas uma coisa é certa: Lewandowski deixa um ministério que foi palco de embates importantes. Desde a reconstrução das relações com o Judiciário até a condução de pautas sensíveis de segurança pública. Não foi um mar de rosas — longe disso.
E agora, quem vem aí?
O xadrez político começa. Nomes como Flávio Dino e até mesmo juristas de peso são cotados para assumir a pasta. Lula, sabidamente, gosta de surpresas. Pode puxar da cartola um nome inesperado — ou então seguir a tradição e escolher alguém de confiança absoluta.
O certo é que a saída de Sabino mexe com o tabuleiro. E num governo que ainda busca estabilidade, toda mudança importa. E como.
Restam dúvidas? Claro. Será que ele vai mesmo para a vida privada? Ou é apenas uma pausa estratégica antes de um novo cargo? Em Brasília, até despedidas são provisórias.