
Eis que Mendonça Motta resolveu botar a boca no trombone. Num daqueles movimentos que ninguém - mas absolutamente ninguém - esperava, o deputado federal saiu em defesa aberta de Donald Trump. Sim, o ex-presidente americano que parece estar sempre no centro de alguma polêmica.
O que Motta destacou? Algo que, nas palavras dele, muitos políticos brasileiros parecem ter esquecido: a arte do diálogo. "Trump falou sobre a importância de conversar, de construir pontes", comentou o parlamentar, com um tom que misturava admiração e certa dose de ironia. Quem diria, não?
A Bomba sobre Eduardo Bolsonaro
Mas o que realmente deixou todo mundo de cabelo em pé foi a justificativa de Motta para uma das decisões mais comentadas dos últimos tempos: negar a liderança do PL a Eduardo Bolsonaro. O deputado foi direto ao ponto - sem rodeios, como é seu estilo.
"Às vezes é preciso dizer não para fortalecer o sim", filosofou Motta, antes de entrar nos detalhes mais espinhosos. Ele argumentou que a negociação foi necessária para manter o que chamou de "coesão partidária". Um eufemismo? Talvez. O fato é que a decisão pegou muita gente de surpresa.
Os Bastidores que Ninguém Conta
O que Motta revelou entre linhas - sem nunca dizer explicitamente - é que há uma movimentação nos bastidores que vai muito além de simples preferências pessoais. O PL, segundo ele, precisa se reposicionar estrategicamente. E isso, aparentemente, não inclui manter a família Bolsonaro no comando absoluto.
Numa frase que resume bem o momento político, o deputado arrematou: "Não se governa um partido como se comanda um quartel". Uma clara referência ao estilo que muitos associam aos Bolsonaro.
O certo é que essa entrevista de Motta vai ecoar por bastante tempo nos corredores do Congresso. E deixou uma pergunta no ar: será que estamos vendo o início de uma realinhamento nas forças políticas brasileiras? Só o tempo - e as próximas movimentações partidárias - dirão.