
Eis que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu o aval — e que aval! — para que Arthur Lira, o presidente da Câmara dos Deputados, faça uma visita nada comum a Jair Bolsonaro. Sim, o ex-presidente, que hoje vive sob medidas cautelares em regime domiciliar.
A decisão saiu nesta segunda-feira (1º) e, olha, não demorou nem cinco minutos para começar a fervura nas redes e corredores do poder. Moraes atendeu a um pedido formal da defesa de Bolsonaro — mas impôs condições. Como sempre, né? Nada de passe livre.
Agora me diz: o que será que vão conversar? Dois dos nomes mais influentes — e polêmicos — da política nacional, frente a frente, num momento desses. Não é todo dia que se vê um presidente da Câmara visitando um chefe de Estado afastado e respondendo a processos.
Os detalhes que pouca gente nota
Parece que a autorização não é irrestrita. Moraes deixou claro: a visita deve seguir horários determinados e — atenção! — sem direito a acompanhantes ou assessores diretos. É conversa de homem pra homem, sob supervisão indireta da Justiça.
Bolsonaro, como se sabe, está em prisão domiciliar desde o dia 13 de agosto. Decisão também do STF, no âmbito da investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado. E agora, Lira entra nesse tabuleiro. Algo me diz que essa imagem vai correr o mundo.
O que estava em jogo era um pedido protocolado pela defesa do ex-presidente, argumentando que Lira — como autoridade do Legislativo — teria agendas de Estado a tratar. Moraes comprou a ideia, mas manteve o controle. Typical Moraes, diriam alguns.
O clima por trás das palavras
Não é só uma visita. É um símbolo. Um gesto político de alto calão, num país que ainda respira o ar rarefeito pós-eleição e entre crises que parecem não ter fim. De um lado, o Congresso; do outro, o Judiciário. No meio, um ex-presidente e sua still strong influence.
Restrições? Claro que houve. Nada de celulares, gravações ou transmissões. Tudo muito discreto, muito controlado. Quase um encontro diplomático em zona de conflito. Será que vão falar de futuro? De alianças? Ou apenas trocar impressões sobre o tempero da pimenta no país?
Uma coisa é certa: o Brasil não tira os olhos dessa relação. E agora, com o aval de Moraes, a história ganha um capítulo ainda mais intenso.
Fica a pergunta: e depois dessa visita, o que vem por aí?