Moraes libera encontro de Tarcísio e aliados com Bolsonaro: o que está por trás da decisão?
Moraes autoriza visita de Tarcísio a Bolsonaro em Brasília

Numa decisão que gerou burburinho nos corredores do poder, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o aval para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e outros políticos visitem o ex-presidente Jair Bolsonaro. O encontro, marcado para Brasília, acontece em meio a um cenário político que mais parece um tabuleiro de xadrez — cada movimento é calculado, cada peça tem seu papel.

Não é todo dia que um ministro do STF libera esse tipo de visita, ainda mais considerando os processos judiciais que pesam sobre Bolsonaro. Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), avaliou o pedido e, surpreendentemente, deu luz verde. Será que há algo além do que os olhos podem ver?

Detalhes da autorização

A autorização, publicada no Diário da Justiça Eletrônico, permite que Tarcísio e outros aliados do ex-presidente — cujos nomes ainda não foram totalmente divulgados — encontrem-se com Bolsonaro em um local específico da capital federal. O ministro estabeleceu condições claras: nada de celulares, nada de gravações, e o encontro deve ser supervisionado por autoridades competentes.

"É como se fosse um almoço de família, mas com seguranças e regras rígidas", brincou um assessor próximo ao governador paulista, que preferiu não se identificar. O clima, segundo ele, é de cautela, mas também de alívio — afinal, a negociação para conseguir essa permissão não foi das mais fáceis.

O que dizem os especialistas?

Juristas ouvidos pela reportagem têm opiniões divididas. Alguns veem a decisão como um sinal de que o STF está tentando reduzir a temperatura do conflito político. Outros, mais céticos, enxergam nisso uma jogada estratégica — "uma forma de manter o controle sobre as movimentações de Bolsonaro", como sugeriu um professor de Direito Constitucional da Universidade de Brasília.

Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização segue firme e forte. De um lado, os apoiadores do ex-presidente comemoram a "vitória da democracia". Do outro, críticos questionam: "Por que tanto privilégio?"

Uma coisa é certa: em Brasília, o jogo político nunca para. E essa visita, aparentemente simples, pode ser apenas mais um capítulo numa história que está longe de terminar.