Eis que o ministro Alexandre de Moraes, aquele mesmo do STF que vive no olho do furacão, deu um veredito que pegou muita gente de surpresa. Sabe o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas? Pois é, ele recebeu uma permissão especial – e judicial – para bater um papo com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nada de encontro casual, não. A coisa foi oficializada pela Justiça, com direito a aval por escrito e tudo. Moraes, que também comanda o TSE, deu o sinal verde para que o encontro aconteça na capital federal. Algo que, convenhamos, não passa despercebido nem pelo mais distraído dos observadores políticos.
O pedido partiu da defesa do próprio Tarcísio, sabia? E olha só o argumento: alegaram que a visita seria estritamente política. Nada de assuntos sob investigação ou que possam interferir em processos em andamento. Só conversa de aliado, troca de ideias, aquela prosa que todo mundo já imagina.
O que diz a autorização?
Moraes foi categórico ao liberar, mas não sem impor um limite claro. A visita tem de ser exclusivamente para tratar de temas partidários e políticos. Qualquer desvio? Nem pensar. O ministro deixou claro que o encontro não pode, de forma alguma, tangenciar investigações ou temas sensíveis à Justiça.
E tem mais: a ordem judicial especifica que a reunião deve acontecer em local apropriado – ou seja, sem improvisos. Tudo muito monitorado, muito na linha, como aliás já era de se esperar.
Por que isso importa?
Bom, não é todo dia que um governador precisa de autorização judicial para visitar um ex-presidente, né? A situação diz muito sobre o momento político que a gente vive. Bolsonaro segue com seus direitos políticos suspensos – e qualquer movimento em torno dele acaba ganhando um peso simbólico enorme.
Para Tarcísio, a visita é mais do que um gesto de apoio. É um sinal político forte, uma maneira de manter viva uma aliança que define muito do jogo de poder no país. E fazer isso com aval da Justiça? Melhor ainda.
O clima em Brasília segue tenso, é verdade. Cada gesto, cada encontro, cada liberação judicial vira peça de um tabuleiro maior. E dessa vez, Moraes jogou uma partida que mistura legalidade com estratégia – como sempre, diga-se.
Enfim, fica a pergunta: o que realmente será conversado entre quatro paredes? Só eles – e a História – para responder.
