Julgamento de Bolsonaro no STF: Mais de 3.300 Inscritos para Acompanhar Audiência sobre Tentativa de Golpe
Julgamento de Bolsonaro no STF atrai mais de 3.3 mil

O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal virou palco de um verdadeiro fenômeno de interesse público nesta sexta-feira. Incrível, mas verdade: mais de 3.300 pessoas — sim, três mil e trezentas! — formalizaram pedido para acompanhar ao vivo o julgamento que pode definir os rumos de uma das investigações mais sérias da história recente do país.

E não se trata de qualquer processo. O tema em questão é pesado, daqueles que arrepiam: a suposta tentativa de golpe de Estado supostamente articulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seu círculo mais próximo. Uma acusação grave, do tipo que deixa marcas profundas na democracia.

O que está em jogo no centro desta tempestade política?

No epicentro do furacão está o Ministro Dias Toffoli, relator do caso. Foi ele quem deixou claro, em documentos que correm soltos nos autos, que o cerne da investigação é mesmo a suspeita de que Bolsonaro e aliados tentaram, deliberadamente, quebrar a estrutura democrática. Não foi um deslize, não foi um equívoco de percurso — a alegação é de que houve uma ação orquestrada para desestabilizar as instituições.

E o povo, claro, não ficou indiferente. A quantidade absurda de ingressos solicitados para assistir à sessão — que acontece no formato virtual, diga-se — fala por si. É como se toda uma nação resolvesse espreitar pela fechadura da sala onde se discute seu próprio destino. A tensão é palpável.

Um registro para a história

Os números que surgiram desta sexta-feira, 29 de agosto de 2025, não são normais. Eles batem recordes, chamam a atenção até dos mais distraídos. Dá pra sentir o peso histórico do momento? Porque eu sinto. São mais de 3.300 indivíduos, entre curiosos, juristas, estudantes, políticos e cidadãos comuns, todos unidos pelo mesmo desejo: ver com os próprios olhos a Justiça funcionando — ou não — em um caso que já nasceu emblemático.

E não para por aí. O ministro Toffoli, sempre meticuloso, já adiantou que a investigação trata de "atos praticados por Jair Bolsonaro e outras pessoas" que, em tese, configurariam crimes contra a ordem democrática. É uma daquelas ações que, dependendo do desfecho, a gente vai lembrar daqui a décadas. Ou vai tentar esquecer.

O que me impressiona, francamente, é a sede de transparência. Tanta gente querendo acompanhar o processo mostra, na minha opinião, uma sociedade que não quer mais ser espectadora passiva. Quer participar, quer entender, quer fiscalizar. E isso, convenhamos, é um sinal e tanto — assustador e esperançoso ao mesmo tempo.

Enquanto o STF se prepara para mais um capítulo dessa novela de tirar o fôlego, o país prende a respiração. O que vai sair disso tudo? Ainda é cedo para dizer. Mas uma coisa é certa: ninguém vai poder dizer, no futuro, que não teve chance de ver a história sendo escrita.