Eis que chegou o dia. Depois de meses—quiçá anos—de especulações, debates acalorados e uma tensão que praticamente dava para cortar com faca, o Supremo Tribunal Federal finalmente inicia o julgamento de Jair Bolsonaro. A sessão, que promete ser histórica, já começou e a nação praticamente para para acompanhar.
Não é exagero dizer que os olhos do país—e porque não do mundo—estão voltados para Brasília. O plenário do STF, normalmente um ambiente de solenidade quase sepulcral, hoje vibra com uma energia diferente. Uma mistura de expectativa, nervosismo e aquele frio na barriga que só acontecimentos capitais proporcionam.
O que está em jogo?
O processo que chega às mãos dos ministros é complexo, cheio de nuances jurídicas—e, claro, profundamente político. As acusações são graves, envolvendo supostos ataques às instituições democráticas. A defesa, por outro lado, alega perseguição política e defende a inocência do ex-presidente.
Os ministros do Supremo, esses onze magistrados que carregam o peso de uma das canetas mais pesadas do país, terão que navegar por um mar de argumentos jurídicos, precedentes e—não podemos negar—uma pressão pública sem precedentes.
Como acompanhar?
A transmissão ao vivo está disponível no site do G1, no YouTube e nas principais plataformas de notícias. A sessão promete ser longa—prepare o café, porque pode virar a noite. Especialistas já preveem que os debates podem se estender por horas, com votos que podem surpreender.
Ah, e não espere um espetáculo—embora politicamente seja exatamente isso. O linguajar é técnico, os ritos são rígidos, mas a dramaticidade humana transborda a cada argumento, a cada voto, a cada suspiro audível na sala.
O que me faz pensar: independentemente do resultado, esse julgamento já entrou para a história. Ele será estudado, analisado e debatido por anos—quiçá décadas—como um marco na nossa democracia. Resta saber que tipo de marco será.
Uma coisa é certa: o Brasil de amanhã será diferente do Brasil de hoje, e muito do que acontecer nessa sala fechada em Brasília determinará exatamente como.
