
Numa daquelas conversas de corredor que vazam - quem nunca? - Gilmar Mendes soltou o verbo sobre o clima no STF. E olha que não tá nada frio por lá. Depois da bomba que foi a decisão de prender Bolsonaro, o ministro garante: Moraes não tá sozinho nessa encrenca.
"Tem gente que acha que é briga de um homem só", disse Gilmar, com aquela cara de quem sabe mais do que fala. "Mas aqui dentro, é como time de futebol em final de campeonato - pode ter estrela, mas joga junto."
O pulo do gato
O que muita gente não sacou ainda: por trás dos votos individuais, rola um alinhamento tático que faria qualquer estrategista político babar. Moraes, o "homem-bomba" do momento, teria o que os juristas chamam de "respaldo orgânico" do plenário.
- 11 cadeiras, 11 assinaturas tácitas
- Crise? Que crise? Aqui é trabalho em equipe
- "Ninguém solta a mão de ninguém", brincou um assessor
Mas não pense que é tudo flores. Entre um cafezinho e outro, rolam aquelas rusgas naturais de quem tem que decidir o futuro do país antes do almoço. "Tem dia que parece reunião de condomínio", confessou uma fonte sob anonimato - porque, claro, ninguém quer aparecer demais.
E o povão?
Enquanto isso, nas redes sociais... Bem, melhor nem comentar. A polarização tá tão acirrada que até o chá de camomila do STF deve estar amargo. Mas eis a questão: será que o brasileiro médio entende o jogo de xadrez que rola nos bastidores?
Uma coisa é certa: o Supremo parece ter escolhido seu cavalo - e não é de Troia. Resta saber se a população vai comprar o pacote completo ou se vai pedir nota fiscal.