Gilmar Mendes Crava: Anistia por Tentativa de Golpe Não Passa no Congresso
Gilmar Mendes: Anistia por golpe não será votada no Congresso

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, não tem dúvidas. Na verdade, ele parece até estranhar que alguém ainda possa ter. Em declarações que ecoaram forte no meio jurídico e político nesta segunda-feira, ele simplesmente cravar: a tal proposta de anistia por tentativa de golpe não vai ser votada. Ponto final.

E olha que ele não disse isso com um tom de esperança, não. Foi com uma convicção de quem já viu esse filme antes – e sabe muito bem como ele termina. A opinião dele não é só um palpite; é uma leitura apurada do clima que rodeia o Congresso Nacional.

O Plenário Não Está pra Essa Brincadeira

Segundo Gilmar, a Casa simplesmente não compraria uma ideia dessas. Ele acredita, firmemente, que os parlamentares têm consciência do peso histórico de uma votação como essa. E mais: que eles não estão dispostos a arriscar a imagem do Legislativo abrindo essa porteira.

Não é sobre esquerda ou direita, viu? É sobre algo mais profundo. É sobre o que fica registrado nos livros de história da nossa frágil democracia. Uma mancha que, uma vez feita, dificilmente some.

O Recado Tácito do Supremo

A fala do ministro não vem do nada. Ela parece ecoar um sentimento que já corre pelos corredores do STF. Uma corte que, diga-se de passagem, já mostrou que não vai tolerar aventuras contra a ordem democrática.

É quase um aviso indireto, um lembrete de que certas linhas não devem ser cruzadas. E que, se forem, há consequências. Sérias.

O tema é espinhoso, polêmico e mexe com feridas que ainda não cicatrizaram totalmente no país. Traz à tona discussões que muitos gostariam de deixar no passado, mas que insistem em voltar à pauta.

E no meio disso tudo, a posição de Gilmar Mendes soa como um balde de água fria naqueles que ainda alimentavam expectativas. Um reality check necessário, ainda que duro.

Resta agora esperar para ver se a previsão do ministro se confirma. Se o Congresso, de fato, vai enterrar a proposta ou se, contra todas as expectativas, ela ganha fôlego. Uma coisa é certa: o debate está longe de ser pacífico.