
Quem diria, hein? O ministro Luiz Fux, aquele mesmo que há poucos anos era visto como o grande algoz dos réus do 8 de janeiro, agora aparece numa posição que deixou meio mundo de queixo caído. A vida prega peças eis que o judiciário brasileiro não foge à regra.
O que está acontecendo nos corredores do Supremo é digno de roteiro de novela — e das boas, diga-se. Fux, que antes parecia ter uma relação mais tensa com o ex-presidente Bolsonaro, agora surge como uma espécie de... bom, não exatamente aliado, mas digamos que uma voz mais ponderada em julgamentos importantes.
Do conflito à convergência: uma mudança e tanto
Lá trás, em 2021, a coisa estava feia. Fux era presidente do STF quando determinou a prisão de vários envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. O clima era de guerra declarada entre os poderes. Mas eis que o tempo — e a política — fazem suas curvas inexplicáveis.
Nos últimos meses, o ministro tem votado de forma a, pasmem, beneficiar o campo bolsonarista em decisões importantes. Algo impensável dois anos atrás. É como ver um flamenguista torcendo para o Vasco — coisas que só o Brasil proporciona.
Os votos que estão dando o que falar
Para citar apenas alguns exemplos recentes: Fux foi contra a condenação de Daniel Silveira (aquele mesmo que foi perdoado por Bolsonaro), defendeu a tese de abuso de autoridade na operação que prendeu Roberto Jefferson e ainda questionou a competência do STF para julgar certos casos.
Não é pouco. Longe disso. São posicionamentos que ecoam fortemente no campo político do ex-presidente. E deixam muitos observadores coçando a cabeça, tentando entender o que está por trás dessa mudança.
E as especulações correm soltas
Ah, o bate-papo nos corredores de Brasília não para. Uns dizem que é estratégia, outros falam em mudança genuína de perspectiva. Tem quem ache que é jogo político puro — afinal, Fux se aposenta em outubro e... bem, todo mundo sabe como funcionam as coisas por aqui.
O fato é que essa reviravolta está reconfigurando as relações dentro do Supremo e com o Executivo. E num ano que promete ser quente politicamente, cada voto conta — e muito.
Restam dúvidas sobre até onde vai essa nova sintonia. Será uma fase passageira ou uma mudança permanente no posicionamento do ministro? Só o tempo — e os próximos julgamentos — dirão.
Enquanto isso, o Brasil acompanha atento mais um capítulo dessa complexa relação entre Justiça e política. Porque aqui, como bem sabemos, nada é tão simples quanto parece.