
Numa fala que ecoou como um trovão nos corredores do poder, Flávio Bolsonaro soltou o verbo nesta quarta-feira. O senador pelo PL-RJ não economizou críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acusando-o de ter um objetivo claro: prender seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
— É cristalino o que Moraes quer — disparou Flávio, com aquele tom de quem não está nem aí para polêmicas. — Ele não esconde mais. O alvo é o presidente Bolsonaro.
A declaração, feita durante um evento no Rio, jogou gasolina na já inflamada relação entre o Judiciário e os bolsonaristas. De um lado, juízes que se veem como guardiões da democracia; de outro, aliados do ex-presidente que enxergam perseguição política.
O Xadrez Político por Trás das Cenas
Analistas ouvidos por VEJA apontam que o timing da fala de Flávio não é mero acaso. Com o ex-presidente na mira de investigações — do caso das joias até as suspeitas sobre o 8 de Janeiro —, a estratégia parece clara: transformar Bolsonaro em mártir antes que alguma eventual prisão aconteça.
— Quando você antecipa o discurso de perseguição, qualquer ação judicial futura vira "prova" da narrativa — explica um cientista político que preferiu não se identificar.
E o STF? O que Diz Moraes?
Até agora, silêncio absoluto do ministro. Mas fontes próximas ao Supremo garantem que as declarações de Flávio foram recebidas com... digamos, pouca simpatia. Alguns ministros consideram o ataque frontal uma tentativa de intimidar a Corte.
Enquanto isso, nas redes sociais, a briga já virou trending topic. De um lado, os #MoraesTemQuePrender; do outro, os #STFContraOBrasil. Polarização? No Brasil? Quem diria...
O certo é que, com o calendário eleitoral se aproximando, essa novela promete muitos capítulos. E, pelo visto, nenhum deles será tedioso.